Hoje eu decidi falar com vocês sobre a minha segunda paixão que é... música. Haha Quem é mais velho aqui no blog sabe que tenho uma coluna que gosto de falar sobre alguns cantores e suas músicas. A coluna Vento Musical foi pensado, inicialmente, para falar de cantores e músicas em espanhol, assim já falei de Sin Bandera, Lali... Enfim, cantores de diferentes nacionalidades mais que cantam em espanhol. Hoje eu decidi fazer algo diferente pois ultimamente venho escutando uma cantora americana de country, que há mais ou menos um ano se tornou alguém que sempre escuto e que me tornei fã. Vamos lá? 

Essa cantora nada mais é do que Miranda Lambert, uma cantora de 36 anos que começou sua carreira em 2001 e que viu sua vida mudar ao ficar em terceiro lugar em um reality musical de country, chamado Nashville Star, em 2003. 

Considerada uma das grandes cantoras do country americano dos anos 2000, Miranda possui atualmente 7 álbuns de estúdio. Sendo o primeiro chamado de 'Kerosene', o último - lançado no final do ano passado -, chamado 'Wildcard' e o meu querido/favorito 'The Weight of these wings' que foi lançado em 2016, depois de um divórcio conturbado com o cantor country Blake Shelton, um dos técnicos do The Voice americano. Enfim, vamos ao que interessa!

1. Vice (Vício)

Essa foi a primeira música da Miranda que escutei, depois de ver o clipe dessa música não teve como não me interessar pelo repertório dessa mulher. A música fala sobre como ela se encontrava perdida depois do divórcio e que não ela sabia nada mais do que encontrar novos vícios. A música foi lançada depois do seu divórcio com o Blake e enquanto todos esperavam uma música vingativa, ela mostrou o ser honesto que ela sempre foi. Enfim, essa é minha música favorita dela e sempre está na minha playlist. 

2. Gun Powder & Lead (Pólvora e chumbo)

Música do aclamado cd Crazy ex-girlfriend, a Miranda mistura o country e o rock de uma maneira que é simplesmente impossível ficar parada. Sem falar que a letra dessa música, que fala de uma mulher que planeja matar seu companheiro depois dele bater nela é muito boa. 

3. The House That Built Me ( A casa que me construiu)

Esse é o grande sucesso da carreira dela, a balada de 2010 chegou a ser considerada como a música country mais importante da década por vários veículos de comunicação. A letra dessa música é simplesmente perfeita e chega bem no fundo do coração, especialmente se você já não mora na casa da sua infância, na casa que te viu crescer e que te "construiu". Perfeita!

4. Tin Man (Homem de lata) 

O que falar da letra e entrega da Miranda nessa música? É Perfeita! Não tem como não se emocionar, ainda mais se você tiver passado por uma decepção amorosa. Aqui, vemos a Miranda conversando com o homem de lata, onde no final ela pontua: em troca da armadura do homem de lata ela entrega o seu coração, para que assim seja ela que não sinta nada... inclusive um coração partido.

5. Runnin' Just in case ( Correndo só por precaução) 

A sua honestidade, melodia e voz é simplesmente muito crua nessa música, que ela própria escreveu - assim como boa parte de seu repertório. Adoro as baladas dela e não poderia deixar de falar dessa música que é uma das minhas favoritas.

6.  Bluebird (Pássaro azul) 

Sabe quando nem tudo vai bem mais você sabe que um dia tudo irá ficar? Essa música tem essa mensagem, ela traz esperança. É o novo single do álbum wildcard que acabou de ser lançado e logo terá clipe (acho). 

7. Kerosene (Querosene) 

Single mais memorável do primeiro cd da Miranda, mostra bem sua personalidade e o que seria a sua carreira. Uma cantora original e de personalidade que sempre buscou o seu espaço, inovando e sem deixar o country de lado. A sua verdadeira paixão. 

Enfim, eu poderia colocar muitas músicas mais aqui. É sério... ela tem músicas muito boas e que mereciam que eu falasse sobre. Eu sei que muitos podem não gostar do ritmo e nem terem o interesse em escutar todas as músicas, bom, eu só posso desejar que vocês vejam pelo menos um dos vídeos e possam também se encantar por uma música que seja.

Quem sabe um dia eu não faça uma parte dois? Haha 

Até mais! 

   Amor para um escocês da autora Sarah MacLean, publicado no Brasil pela Editora Gutenberg, nos conta a história de Lilian Hargrove e Alec Stuart. Este último é um escocês bastante orgulhoso que se vê em uma encruzilhada quando descobre que após várias fatalidades ele é o único herdeiro de um ducado na Inglaterra. Acontece que por algumas coisas que aconteceram no passado ele sempre odiou a Inglaterra e reluta, desde o início, em pisar nesse lugar. É claro que com o tempo ele acaba precisando ir a este país, ainda mais depois de descobrir  que ao se tornar o Duque de Warnick ele também ganhou uma pupila, pupila essa que acaba precisando de sua ajuda para evitar que um grande escândalo aconteça. 

   Lilian era considerada por muitos como a mulher mais bonita da cidade, órfã de pais ela sempre ansiou pelo afeto e o amor que só uma família poderia dar, nessa busca de carinho e de ser amada ela acaba caindo nas garras de um amante pintor, que além de levar a sua virgindade a retratou - nua - em um quadro no qual por vaidade ameaça divulgar para toda sociedade londrina na Exposição Real de Arte.  Desolada por ver o seu amor convertido em vergonha, Lilian é "obrigada" a ver seu tutor gigante escocês invadir a sua vida como se fosse o único que pudesse salvar a sua reputação (o que não deixa de ser verdade, por mais que ela negue). 

   Nesse contexto veremos então, o desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas. A Lillian tentando ter sua independência e o Alec tentando fazê-la casar antes do escândalo estourar (o que me irritava, às vezes, confesso). O que os dois não imaginavam é que nesse meio tempo o amor os atingiria de uma maneira inesperada.

   Amor para um escocês é o segundo livro da série Escândalos e Canalhas da autora Sarah Maclean, eu já esperava uma ótima leitura e devo dizer que ela não me decepcionou. A história criada pela autora foi uma leitura prazerosa, rápida e apaixonante que só a autora poderia fazer. Com personagens que nos encantam, eu mesma logo me apaixonei pelo modo meio "bruto" do Alec e saber sobre o seu passado, o que o levou a ser o que é, foi algo que gostei e que achei bem pensado pela autora - já que permitiu que eu fizesse uma comparação entre gêneros. Ainda sobre os personagens, eu também amei conhecer a Lily, todos os erros que ela cometeu e seus anseios foram coerentes e acho que é meio impossível não torcer para que ela conseguisse o que sempre desejou. Percebi que ao tempo em que ela demonstrava ter uma doçura ao desejar ter um amor e uma família, ela também lutava para ter sua liberdade, demostrando de fato que é uma mulher de personalidade.

   Apesar de ser um romance de época, podemos associar a situação vivida pela protagonista com fatos atuais. Afinal, ter uma foto ou vídeo íntimo vazado na internet é algo que sempre vemos acontecer e que não é uma coisa boa, assim como também não era para Lily com o seu quadro, em uma sociedade da primeira metade do século XIX. Desse modo, devo dizer que amei mais ainda à força dessa personagem, que não deixou ser resumida a isso e tenho mais respeito por quem passa por essa situação atualmente e consegue se sobressair.

   Além de fazer pequenas criticas sobre as posições sociais entre homens e mulheres, e de mostrar o quanto existe um peso e duas medidas na hora de julgar as mulheres, a autora não deixa de trazer sensualidade e romance, algo que é bem característico do gênero e que quem conhece a escrita da autora sabe que é um "forte" da Sarah. Tudo isso, aliado a uma narrativa fluida e uma edição  física caprichosa fazem de Amor para escocês um ótimo livro.


   Amor para um escocês é um livro que consegue unir crítica e romance, sem deixar que o enredo se desgaste ou perca o brilho das boas histórias de amor. Acredito que seja um livro que realmente agrade aos mais exigentes leitores de romances. Por isso recomendo a leitura do mesmo e de qualquer coisa já escrita pela Sarah MacLean.



Livros da série:

Prontos para o quote da semana meus queridos leitores? O livro em questão é um que li há tempos e apesar de não ter ganhado resenha aqui no blog (o que pretendo remediar em breve) é um dos que eu poderia encher com vários quotes aqui nessa postagem. Estou falando do livro A Cabana do escritor canadense William P. Young. 

Como disse, poderia colocar vários aqui, no entanto, esse é o que me tocou nesse momento. Espero que gostem... 

"Ainda acho que precisamos conhecer o inverno para compreender o verão, assim como é necessário passar por momentos de tristeza profunda para conseguir identificar e valorizar a felicidade quando ela chega. E não devemos, nunca, nos esquecer das pessoas que amamos."

Acho que todos nós já passamos momentos complicados na vida que foram essências para descobrirmos o verdadeiro valor da felicidade. Esse quote é isso... Espero que ele tenha tocado você, assim como tocou a mim.

Até a próxima! 

Passeando por ai eu vi uma Tag no blog Beco Literário, a tag se chamava Perguntas Literárias e eu decidi responder aqui no blog. Lembrando que a  tag é bem simples, consiste apenas em responder algumas questões. Vamos lá?

1 - A capa mais bonita da sua estante.

Cada capa é especial por determinada coisa, seja por um elemento diferencial, simplicidade ou simplesmente por ser condizente com um elemento da história. Eu poderia escolher vários aqui, mais um que me encantou desde que eu criei o blog foi a capa de A Seleção da Kiera Cass. Acho um dos livros mais bonitos da minha estante.

2 - Se pudesse trazer um personagem da ficção para a realidade, qual seria?

Sr. Darcy de Orgulho e preconceito. Especialmente se ele tivesse aqueles olhos doces do Matthew Macfadyen do filme de 2005 ou o porte do Colin Firth da versão da BBC de 1995.

3- Se pudesse entrevistar um autor (a), qual seria?

Na verdade seriam duas autoras. A Colleen Hoover e a Sarah McLean. Duas das minhas autoras favoritas no momento. Perguntaria tudo sobre o processo delas ao escrever os livros que tanto amo.

4- Um livro que você não leria de novo? Por quê?

Aconteceu em Paris da Molly Hopkins foi uma leitura simples, mas sabe quando você tem dificuldades de se conectar com os protagonistas? Especialmente a mocinha? Então, aconteceu isso aqui, além de outras coisinhas.

5- Um casal?

Lou e Will de Como eu era antes de você sempre terão um cantinho no meu coração. <3

6- Dois vilões.

Pode ser um? E mulher?  Escolho Adelina de Jovens de Elite. Uma das personagens que mais gostei de conhecer recentemente.

7 - Um personagem que você mataria?

Não sei se mataria, mas que eu daria umas "porradas" em Hardin do livro After, eu daria. Foi um total canalha com a Tessa. Coitada!

8 - Se pudesse viver em um livro, qual seria?

Eu gostaria de viver no universo criado pela J.K. Especialmente nos primeiros livros de Harry Potter, quando tudo ainda era mais calmo. Imagina conhecer tantos personagens icônicos????

9 - Qual o maior e o menor livro da sua estante?

Maior livro é Em busca do paraíso da Judith Mcnaght e o menor é O Penúltimo Capítulo da Clarice Pessato.

Bem, a tag foi bem rápida não é? O que vocês acharam das minhas escolhas e quais seriam as suas? Não esquece de comentar aí nos comentários.

Até a próxima!!!

 

   Eu ainda não sei bem como começar isso aqui. Fui atingida em cheio por uma história tocante, sensível e especial que somente Colleen Hoover poderia fazer. É assim que acaba, lançado no Brasil pela Editora Galera Record, é um livro que desperta um misto de emoções; senti amor, raiva, tesão, ódio... Amei o fato de ver que pessoas boas ainda existem e que com persistência podemos alcançar nossos sonhos, fiquei com raiva por ver que tem gente que não se controla e deixa o seu pior vir à tona, tive tesão em ver um enredo que apresenta um casal que apesar de tudo se ama e se deseja e ódio por saber que as coisas nem sempre são como a gente quer.

   É assim que acaba nos leva ao mundo de Lily, uma jovem mulher que apesar de ter crescido em um ambiente tóxico nunca deixou de lutar por aquilo que acreditava. Foi assim quando ela conheceu Atlas no passado e foi assim quando decidiu abrir o seu próprio negócio em Boston, EUA. 

Abrir uma floricultura não é fácil e saber que o carinha desconhecido que ela encontrou há uns meses em cima de um telhado quando ainda refletia a perda  do pai e que quase a fez ir contra o que ela achava ser certo, era o irmão da sua única funcionária, foi uma surpresa não tão boa para ela. Afinal, Ryle tinha o pacote completo (bonito, inteligente, gente boa e com uma carreira na medicina bem promissora) e não seria difícil se apaixonar por ele - o que  não seria um problema se ele não tivesse uma certa aversão a relacionamentos. 

  O fato é que a atração entre eles é imediata e logo os dois estão embarcando em um relacionamento que inicialmente é mil maravilhas. Algo que ao longo do tempo vai se modificando e que só piora com o aparecimento de Atlas, o grande amor da juventude de Lily. É nesse momento que vamos ver as tentativas da protagonista em quebrar o padrão que normalmente ocorre quando se estar preso a um relacionamento abusivo. 

   Com a narrativa da trama em primeira pessoa, intercalada entre passado e presente, o leitor vai conhecer a Lily na fase adulta e na adolescência, quando ela escrevia em um diário suas angústias juvenis. É com esse tipo de narrativa, típico da autora, que vamos encontrar um amor super fofo que desperta o nosso lado mais romântico e saudoso, e vamos nos deparar com a crua realidade que muitas mulheres vivenciam atualmente.

   Desse modo, apesar de todo o romance, este livro da Colleen se destaca por nos proporcionar  o exercício da empatia com as mulheres que sofrem com violência doméstica. Afinal, quantas vezes não nos pegamos julgando mais a mulher do que o agressor? Fazendo questionamentos: - Como essa mulher fica com esse cara? É falta de amor próprio, ela é pior do que ele... enfim, frases machistas que não representam as particularidades de cada situação e que mostram que o ser humano ainda tem que evoluir bastante. 

   Este livro veio também para mostrar como é complicado romper com esse ciclo da violência, inclusive para o próprio abusador. Para vocês terem uma noção, eu terminei a leitura e não senti ódio pelo Ryle, por mais idiota que ele tenha sido. Meus sentimentos perpassaram a incredulidade, revolta... pena! Pena é a palavra certa, pena por tudo ter acontecido como foi. E que fique claro que não estou justificando e passando a mão na cabeça dele, não!, ele foi errado e o final foi mais do que justo. É só que... sabe quando você fica com a sensação de que tudo poderia ser diferente, que uma história seria outra se o "se..." fosse mais como a gente sonha e não como muitas vezes realmente é? 

   Por fim, eu poderia falar muito mais sobre o quanto eu gostei da maneira como a autora usou de uma experiência real e pessoal para dar vida a esses personagens (leiam a nota da autora, por favor), o quanto desejei que existisse mais "Atlas's" nesse mundo (que são gratos e pensam no melhor daqueles que amam) e mais "Allysa's" (melhor pessoa pra se ter de amiga), e o quanto eu gostaria que mais "Lily's" pudessem sair dos relacionamentos que as fazem mal e realizassem os seus sonhos. Nunca é tarde para tentar... saibam disso!

   É assim que acaba nos traga para um enredo que simplesmente dilacera o coração. É um livro que nos faz refletir sobre o quão complicado é para quem vive em uma relação abusiva e o quão importante é interromper o padrão da violência desde o início. Leitura é entretenimento, mas também é alerta. Por isso fiquem atentas meninas. Leitura recomendadíssima! 

A Outra Sra. Parrish - Liv Constantine 


Desde que foi lançado a história de A Outra Sra. Parrish chamou minha atenção. Parece ser  um livro eletrizante e já esta mais do que na hora de saber quem é de fato Amber Patterson. 
Para todos os garotos que já amei - Jenny Han

Vi o filme desse livro na Netflix e apesar de simples gostei bastante. Desde então tinha essa curiosidade de ler o livro e acho que estou cada vez mais perto disso. 
Perigo para um inglês - Sarah McLean 

O último livro que li ano passado foi Amor para um escocês da Sarah McLean e não vejo a hora de ler o livro 3 da série Escândalos e Canalhas, Perigo para um inglês. Acho que a Sarah tá tomando o lugar da Júlia na minhas autoras de romance de época favoritas. Suas histórias são muitooooo boas. 
Enfim, essas são minhas escolhas e é claro que vou ler outros livros, essa postagem é mais como um lembrete para que eu os leia, sabe? Agora falem aí nos comentários a listinha de vocês. 

   A primeira resenha do ano é de um livro que me surpreendeu no sentido de apresentar uma protagonista com tintes de vilã. Jovens de Elite da autora Marie Lu, publicado no Brasil pela Editora Rocco, é uma fantasia distópica que nos leva a um mundo onde uma peste atingiu a população, fazendo com que algumas pessoas fossem atingidas por uma mutação, dando certos poderes a quem as possuía e que os diferenciava dos demais seres humanos. Dessa forma, durante muito tempo os malfettos, como eram chamados esses seres, foram relegados a margem da sociedade e eram vistos como ameaças para a coroa que não hesitava em matar todo aquele que demonstrasse desenvolver o seu poder.

   Adelina Amoteuru era uma jovem que possuía a marca dos malfettos em seu rosto. A mesma foi adquirida quando, ainda criança, ficou doente da febre do sangue. Além da marca horrível, a doença a deixou apenas com um olho. Por ser uma malfetto, Adelina sempre foi desprezada por seu pai que sempre a culpava por seu comércio não ir bem. Cansada de ser tratada como um lixo ela acaba decidindo deixar o seu pai e sua irmã, Violetta, para trás. No entanto, na noite da sua fuga algumas coisas fazem com que seu poder desperte de uma maneira que ela nunca sonhou que teria, um poder extremamente perigoso e sombrio que poderia fazer mal para todos aqueles que estivessem próximo a ela.

Adelina - foto: facebook jovens de elite Brasil

    Sua jornada acaba levando Adelina aos Jovens de Elite, um grupo de malfettos comandado por Enzo - príncipe herdeiro que foi exilado por ser um malfetto - que busca uma sociedade mais justa, visando a queda da rainha. É nesse grupo que a Adelina conhece pessoas que possuem poderes como ela, entende seu potencial e treina para controlar os poderes. É aqui que ela se apaixona pela primeira vez... que ela comete erros que trazem grandes consequências. É neste momento da história que Adelina percebe que não é igual aos seres humanos ditos normais, como também não é igual aos malfettos que ela conhece.

   Nesta jornada de autoconhecimento de Adelina, nós leitores, vamos descobrir uma personagem que vai além do preto e o branco. Que navega por todos os tons cinzas e que a faz andar no limite do que é certo e errado. Posso dizer que Adelina é uma vilã em potencial que luta para manter o seu lado bom, apesar de toda a escuridão que a envolve. E essa dualidade da personagem é o que mais chama atenção e envolve o leitor, mais até do que o cenário que estar a sua volta - que apesar de ser algo interessante de se acompanhar, a autora não entra muito em detalhes. 

   A trama é narrada na sua maior parte sob as perspectivas de Adelina, sendo um ou outro ponto narrado por um personagem secundário. Por falar nisso, os personagens secundários como Enzo, Raffaele e Teren são fundamentais para o desenvolvimento da personagem que no final do livro apresenta um comportamento que nos leva a ansiar pela continuação da trama, que por sinal já foi publicado no Brasil.

"Odeio tudo em relação às minhas marcas, quero que sumam, pois foram elas que trouxeram toda a dor e todo o sofrimento para a minha vida, tiraram de mim tudo o que importava. Neste instante, nenhum dos meus poderes me dá alegria. Ainda estou sozinha, ferida e pequena, a borboleta lutando pela vida na grama".

   Jovens de Elite é uma leitura interessante, que se destaca por nos levar ao mundo de uma potencial vilã que ainda precisa amadurecer em certos pontos. E que apesar da carência de profundidade em algumas questões do enredo, cumpre o seu papel em despertar a curiosidade do leitor. Que não vê a hora de saber o que o destino reserva a Adelina, a futura Loba branca!