31 dezembro 2019

Feliz ano novo! Feliz 2020!!!!

09:43 5 Comments

Sempre que posso apareço aqui no blog nessa época do ano. É uma maneira que tenho de dizer que está tudo bem e que estou viva. Sei que não é muito, mas para quem ainda passa por aqui e sente saudades do blog ativo como acontecia em anos anteriores, é uma maneira de dizer que estou bem. 

Mudando de assunto, eu só posso desejar a você que está aí do outro lado, muita saúde e que suas realizações sejam maiores e melhores neste ano que se aproxima. Feliz ano novo!!!!! Feliz 2020. 

E a você 2019 e a década 10 dos anos 2000. Foi bom, muito bom, apesar disso espero que a próxima década seja melhor ainda. 

28 dezembro 2019

Quote da semana - Jovens de Elite, Marie Lu

22:06 5 Comments

Quem diria que o ano iria passar tão depressa. Bem começou e já vem terminando. E como não poderia ser diferente, não poderia deixar de pontuar o último quote do ano. Escolhi dois do livro Jovens de Elite da Marie Lu. Foi o primeiro livro da autora que li e que logo espero falar mais por aqui. 


Sinopse:

Bestseller do The New York Times com excelente repercussão entre público e crítica, Jovens de Elite é o primeiro de uma série de fantasia ambientada na era medieval e protagonizada por jovens que desenvolvem estranhas cicatrizes e poderes especiais ao sobreviverem a uma febre que dizimou boa parte da humanidade. Entre eles está Adelina, que, após se rebelar contra o destino imposto a ela por seu pai, encontra um novo lar na sociedade secreta Jovens de Elite, vista por alguns como um grupo de heróis, por outros como seres com poderes demoníacos. Heroína ou vilã? Num mundo perigoso no qual magia e política se chocam, Adelina descobre o lado sombrio de seu coração. Da mesma autora da aclamada trilogia Legend, Marie Lu, Jovens de Elite é o início de uma saga arrebatadora. Perfeita para fãs de histórias de fantasia medieval como Game of Thrones, com vilões dignos de Star Wars e X-Men.

Quotes:


"Não se pode amar sem medo. Os dois coexistem. Em você, o alinhamento com a paixão alimentou o seu medo e sua raiva, tornou-a mais sombria. Quanto mais você ama alguém mais instáveis seus poderes se tormam". 


“ Amar é ter medo. Você fica assustado, mortalmente aterrorizado, que alguma coisa aconteça àqueles que ama. Pense nas possibilidades. Seu coração se aperta a cada ideia? Isso, meu amigo, é o amor. E o amor nos escraviza a todos, pois não se pode amar sem ter medo.
— Uma tese particular sobre o romance dos três reis, De Baronesa Sammarco ” .

26 dezembro 2019

O Vento me disse... #84 - Um perfeito cavalheiro - Julia Quinn

11:44 15 Comments

Um perfeito cavalheiro
Autora: Julia Quinn
N° de páginas: 304
Editora: Arqueiro
Série: Os Bridgertons  #03
Ano: 2014
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.


Se nestes anos todos que a Editora Arqueiro publicou a série Os Bridgertons você não os conheceu, deixa eu fazer uma breve apresentação. A série da autora americana Julia Quinn conta, em cada livro, a história de amor de um dos filhos (as) da matriarca Violet Bridgerton. São oito filhos, portanto, são oito livros ( nove no total, já que tem um último livro que conta um pouco sobre a vida de cada um depois das suas histórias) com histórias independentes umas das outras e que podem ser lidos fora da ordem de publicação.

Esse é o terceiro volume e nele vamos acompanhar as aventuras de Benedict, o segundo filho mais velho da família. Com 30 anos e sem planos de arrumar uma esposa, sua mãe não vê a hora para que ele mude de ideia, afinal, ele não é mais um "jovenzinho" e pretendentes é que não faltam para ele escolher. Apesar de relutar a popularidade na sociedade londrina que o determina como "o partido mais cobiçado da temporada", Benedict acaba aceitando participar do baile de máscara que a sua mãe já vem preparando há um tempo (convivendo assim com as moçoilas e as suas mães casamenteiras). É neste local que ele conhece uma moça misteriosa que o encanta e que ele não sabe quem é. Os dois conversam brevemente e a atração entre ambos é instantânea, mas depois de um beijo a dama desaparece de sua vida assim como entrou, de repente! 

O que este Bridgerton não sabe é que a moça encantadora que por incrível que pareça despertou seus desejos de casamento, nada mais é do que Sophie Beckett, a filha bastarda de um conde. Sophie recebeu todos os cuidados que  uma pupila poderia ganhar de um nobre, mas nunca recebeu o carinho e respeito que uma filha deveria ter. Tudo só piora quando o seu pai se casa com uma viúva que tem duas filhas. O conde acaba morrendo e para sua infelicidade, a sua madrasta é que acaba ficando responsável pela casa e como num belo conto de fadas, ela acaba transformando nossa protagonista em uma verdadeira empregada. Num belo dia, Sophie que sempre sonhou em ser como uma dama da sociedade, tem seu sonho realizado e é lá que ela conhece e se apaixona por Benedict. Mas como sua vida nunca foi fácil, problemas surgem e a fazem se afastar do seu primeiro e único amor, que ela nunca esqueceu... mesmo depois de anos...

"Sophie não tinha ilusão quanto ao seu lugar na sociedade de Londres. Ela era uma camareira. Uma criada. E a única coisa que a separava das outras camareiras e dos demais criados era que ela experimentara o luxo quando criança. Fora educada com carinho, ainda que sem amor, e a experiência moldara seus ideais e valores. Agora, ela ficaria eternamente presa entre dois mundos, sem lugar definido em nenhum deles."

Quem já leu algum livro da Julia Quinn sabe que o melhor da autora é a maneira como ela envolve o leitor com a sua escrita, neste volume ela continua atingindo em cheio o seu público que não se cansa de acompanhar uma boa história de amor. Esse é o seu melhor! Além disso, ela também nos brinda com personagens que de cara torcemos, foi assim com a Sophie por exemplo. Desde as primeiras páginas que eu torcia para que desse tudo certo na sua vida, mesmo ela sendo a tipica mocinha indefesa que estamos acostumados a ver nesse gênero literário e que por muitas vezes queremos gritar: - ACORDAAAAA MINHA FILHAAAA!!!!! 

Já sobre Benedict tenho que confessar que apesar dele tomar algumas pequenas atitudes que não o deixa ser, aos meus olhos, um perfeito cavalheiro, também merece minha atenção. Bondoso, bonito, inteligente e teimoso são adjetivos que podem ser atribuídos ao personagem. Perto do fim da trama ele tem algumas atitudes que muitos leitores podem não gostar, apesar disso eu devo dizer que achei uma ideia bacana da autora pois tornou o personagem mais humano e dá uma dimensão para nós leitores, de como é difícil quebrar as barreiras sociais impostas pela sociedade, ainda mais no século XIX.

Acredito que muitos leitores podem se incomodar também com essa narrativa de amor à primeira vista, eu ainda acho que essa coisa de se apaixonar por uma pessoa, assim, tão rápido e lembrar de detalhes de um encontro que aconteceu há três anos como aconteceu neste livro, algo meio impossível e até meio forçado. Apesar disso, também é fato que a forma como tudo aconteceu foi importante para o desenrolar da trama. Acho que se estivesse no lugar da autora não mudaria isso, sabe? Por mais que tornasse a trama mais previsível e menos original. 

Um Perfeito Cavalheiro é narrado em terceira pessoa e apresenta as perspectivas de ambos protagonistas, o que nos permite conhecer e entender melhor o que se passa na mente desses personagens que tanto adoramos acompanhar. Mais uma vez a autora Julia Quinn nos envolve com uma história de amor que acalenta nossos corações e que nos faz sonhar, ao tempo que nos permite refletir: o que é perfeito para mim é para você? O que é ser perfeito? O perfeito realmente existe? Fica a reflexão.


"Ela deu um passo para frente e ele soube que sua vida havia sido mudada para sempre.”

CONFIRA RESENHAS DA SÉRIE JÁ FEITAS NO BLOG:


01-O duque e eu
02-O Visconde que me amava
04-Os segredos de Colin Bridgerton
05-Para Sr. Phillip, com amor


Livros da série lançado no país:



Família Bridgerton (para quem não sabe, os nomes dos irmãos são em ordem alfabética).    


Capas originais:

12 agosto 2019

O Vento me disse... #83 - O Príncipe corvo - Elizabeth Hoyt

12:30 12 Comments

O Príncipe Corvo
Autora: Elizabeth  Hoyt
N° de páginas: 350
Editora: Record
Trilogia:  Dos Príncipes  #01
Ano: 2017
Skoob: Aqui
Compre: Aqui
Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante Chega uma hora na vida de uma dama... Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil. Em que ela deve fazer o inimaginável... O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. E encontrar um emprego. Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante.

   O Príncipe corvo é uma obra da autora Elizabeth Hoyt que no Brasil foi lançado pela Editora Record, a trama é o primeiro volume da trilogia dos príncipes - que possuem histórias diferentes e podem ser lidos separadamente e em ordens diferentes -, e apresenta um romance de época adulto bem sensual.

"Por que os homens acham que dizer algo em tom de voz mais alto o torna verdadeiro?"
    
Anna Wren é uma jovem viúva que ficou responsável pelas finanças da família depois da morte do marido, ao ver a mesma se esvaindo ela sente a necessidade de procurar um trabalho. É quando ela acaba indo trabalhar para o conde de Swartingham, Edward Raaf. O conde não é uma pessoa fácil de lidar e tem um gênio que faz todos os seus secretários irem embora assim que a primeira oportunidade aparece, quando ele encontra Anna como sua nova empregada, apesar do estranhamento inicial por ela ser uma mulher, ele percebe que ela não é como os outros.

    Com uma personalidade forte, Anna enfrenta o conde de cabeça erguida e ao perceber que o seu corpo também o deseja, decide fazer algo. Edward frequenta um bordel em Londres para satisfazer suas necessidades e ao descobrir isso, Anna decide ir ao seu encontro e satisfazer também as suas necessidades com ele - sem que ele saiba de fato quem ela é. Assim, os dois se relacionam e esse torna-se um segredo que pode prejudicar Anna profundamente, tanto por parte da sociedade como do próprio conde que de certa forma foi enganado por ela.

    Definitivamente o que mais gostei neste história de Hoyt foi o fato da autora criar uma personagem que percebeu suas necessidades e que da sua maneira, lutou para satisfazê-las. Anna não ficou esperando que o conde a cortejasse e isso é um diferencial nesse tipo de livro. Muitas vezes me peguei pensando o quanto devia ser ruim viver em uma época que se exigia o máximo de decoro para a mulher e o mínimo para o homem, ainda hoje é assim, mas quando paramos para analisar vemos que muita coisa mudou.
Já o mocinho, o que eu gostei foi perceber que apesar dela ser considerada inferior, ele a respeitou e de modo geral, acho que ele não foi daqueles protagonistas "ogros" que mais parecem vilões que mocinhos.

"Sua vida sempre havia sido restrita assim, com seus limites tão estreitos que às vezes parecia uma corda bamba? Será que ela nada mais era do que sua posição na sociedade?"

    A narrativa é em terceira pessoa e está dividida entre os protagonistas e alguns personagens, que narram de maneira breve e aparecem em momentos que são necessários para o desenvolvimento de algumas situações. Uma coisa que eu gostei foi os inícios de capítulos começarem com uma fábula contando a história do Príncipe corvo, e essa história meio que podia ser associada ao momento em que se passava à trama.

    Como o livro apesar de ser de época é voltado para um público mais adulto, possui cenas eróticas mais explicitas do que em outros livros do gênero, isso foi uma escolha da autora e que ao meu ver foi um trabalho bem feito. Acho que a única coisa que eu encaro como ponto negativo na trama foi a maneira como a autora desenvolveu algumas situações. Por exemplo: quando o conde descobre que foi enganado pela mocinha, ele ficou super bravo, eu pensei que ele iria demorar um pouco mais de tempo para perdoar, mas não, ele logo vai atrás dela e quer porque quer se casar com ela.  Depois acontece algumas coisas que tornam esse finalzinho da trama mais do mesmo. Sei lá, confesso para você que esperava mais do final, acho que pela capa e pelo que o enredo inicialmente apresentou, eu criei uma expectativa para um final mais cru, mais realista e menos doce.

"Como era empolgante falar  o que pensava sem se importar com a opinião de um homem!"

   O Príncipe Corvo tem em sua essência um enredo que poderia seguir uma curva diferenciada desse gênero, pois a autora Elizabeth Hoyt criou protagonistas com personalidades bem expressivas. Ela conseguiu isso até perto do final, quando ela decidiu seguir para o lado mais romântico da coisa e seguiu a linha previsível do gênero. Não foi uma escolha ruim, visto que a trama continuou boa, mas definitivamente sua escolha não permitiu que a trama se tornasse "única".  



05 agosto 2019

O Vento me disse... #82 - Como se fosse magia - Bianca Briones

10:00 0 Comments

Como se fosse magia
Autora: Bianca Briones
N° de páginas: 208
Editora: Gutemberg
Ano: 2016
Skoob: Aqui
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Eva nasceu com o dom de passar os sentimentos para o papel, com isso conquistou milhares de leitores pelo mundo. Agora ela precisa escrever o último livro da sua série de fantasia, mas está com um bloqueio há um ano e não sabe o que fazer.Enquanto ela tenta se reconectar a seus personagens, a vida coloca em seu caminho um homem igualzinho a um dos seus protagonistas.O problema é que o desconhecido surge sem nenhuma lembrança de quem ele é.Enzo está muito confuso. A princípio, ele duvida da conversa maluca de Eva. Mas, mesmo com seu ceticismo, ele não pode negar que se sente extremamente ligado a ela.O que isso quer dizer?Envolvidos por esse curioso e estranho mistério, Eva e Enzo estão prestes a descobrir que às vezes para que duas pessoas se encontrem mundos inteiros são capazes de colidir.

    Eva é uma jovem mulher que sempre se viu deslocada da realidade, tendo em vista que não era considerada normal, até por entes de sua família. Isso acontecia pelo fato dela se relacionar de uma forma bem profunda com personagens que ela mesmo criava. Com uma mente fértil, não era de se estranhar que ela se tornasse uma escritora de sucesso.

   Nossa protagonista se encontra em um período em que não consegue se conectar com seus personagens, justamente por estar enfrentando um bloqueio literário enorme que a faz não terminar a sua série de maior sucesso. É nesta série que se encontra o personagem Enzo, um homem encantador e cheio de qualidades que vai de saber vários idiomas até cozinhar.
 
    O fato é que um dia Eva presencia um assalto perto de sua casa e ao decidir ajudar o rapaz, que acaba perdendo a memória, encontra nele todas às características do seu personagem favorito. Assim, ao mesmo tempo em que Eva tenta saber quem é o estranho, ela tenta se conectar com seus personagens para assim terminar o livro, mesmo que isso faça o Enzo sumir na mesma velocidade em que apareceu.

"– Ah, que história maravilhosa. – Thiago suspira, apontando para as capas dos três primeiros volumes da série que preenchem sua parede. – Uma  escritora e leitora compulsiva que se apaixona por um cara que entra e sai dos  seus livros favoritos. Não é à toa que é sucesso." 

     Como se fosse magia da autora Bianca Briones - lançado pela editora Gutemberg - possui um texto simples e bem rápido de se ler, onde podemos conferir capítulos bem curtos, narrados em primeira pessoa e divididos entre os protagonistas. Considerado um chick-lit, o livro da brasileira traz novamente um ar mágico que tanto me encantou em Em suas mãos, outra trama da autora que li. Muitas vezes me pegava se perguntando o que aconteceria quando Enzo recobrasse a memória. Será que ele era de verdade? Esse aspecto da irrealidade e a mistura entre o mundo real e o dos personagens da Eva foi algo interessante da história.

     Como o enredo é bastante preso aos protagonistas, não vemos muitos personagens fora eles. O único que realmente merece ser mencionado é Thiago, o melhor amigo e agente de Eva. É muito bonito ver a amizade deles e como eles, apesar das experiências únicas e semelhantes, se completam.

"Pressiono a testa com uma das mãos, tentando ouvir meu coração. Tentando buscar as palavras que sei que vão me salvar, não apenas para cumprir o  prazo, mas para continuar vivendo em um mundo que eu não consigo compreender. Um mundo que parece ser tão distante de casa."
    Acredito que a coisa que pode incomodar (ou não) é a demora para os protagonistas se envolverem de fato, para mim isso não foi um problema pois eu adoro quando o autor situa bem a realidade para só depois partir para o romance, mais sei que muitos podem não gostar disso. O que me incomodou um pouco foi o tempo entre o momento em que os protagonistas começaram a se envolver e o desfecho da história, que ao meu ver foi muito curto e não pudemos acompanhar e ver mais os dois juntos, entendem?

"Não sei que força é essa que nos liga. Acho que às vezes,  para que duas pessoas se encontrem, mundos inteiros são capazes de colidir."

       Como se fosse magia não tem um enredo forte (o que é esperado tendo em vista o gênero que faz parte) que faça à história ser memorável, no entanto, ganha louros por nos levar à exercer nossa imaginação de uma maneira bem peculiar, afinal, quem nunca pegou se imaginando ao lado de seu personagem favorito de um livro ou dentro do universo que um autor apresenta num enredo? É bom saber que pelo menos a Eva conseguiu realizar o seu sonho.








29 julho 2019

O Vento me disse... #81 - Cinquenta tons mais escuros - E. L. James

18:30 0 Comments

Cinquenta tons mais escuros
Autora: E.L. James
N° de páginas: 512
Editora: Intrínseca
Trilogia:  Cinquenta tons #02
Ano: 2012
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Assustada com os segredos obscuros do belo e atormentado Christian Grey, Ana Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e concentra-se em sua nova carreira, numa editora de livros. Mas o desejo por Grey domina cada pensamento de Ana e, quando ele propõe um novo acordo, ela não consegue resistir. Em pouco tempo, Ana descobre mais sobre o angustiante passado de seu amargurado e dominador parceiro do que jamais imaginou ser possível. Enquanto Christian tenta se livrar de seus demônios interiores, Ana se vê diante da decisão mais importante da sua vida.


ALERTA: Contém spoiler  do primeiro e segundo volume


     Cinquenta tons mais escuros começa com a Anastásia tentando sobreviver ao fim do caso com o empresário, maniaco por controle, Christián Grey. Depois de ter uma prova do que realmente pode acontecer no quarto da dor, Ana foge, deixando de lado o homem que a levou ao limite da sua loucura e do que ela esperava. Vivendo longe de Grey, Ana precisa se adaptar ao seu novo emprego em uma editora de livros em Seattle, ao seu novo chefe que insiste em assediá-la e a uma realidade em que ela percebe que ser submissa não é a sua "praia". 

     O afastamento dos dois não demora muito tempo - cinco dias apenas - pois logo Christian trata de ir atrás dela, ela percebe que apesar de tudo ainda quer dar uma chance ao seu cinquenta tons e ele está disposto a mudar para ter a sua Ana de volta, mesmo que isso mude seus planos inciais. Assim os dois voltam a se envolver. O que ambos percebem é que o relacionamento vai ser bem mais difícil do que esperavam, justamente porquê as sombras que cerca o passado de Grey insistem em o atormentar.

"- As aparências enganam - diz ele, baixinho. - Não estou  nem um pouco  bem. Eu sinto como se o sol tivesse se posto e não tivesse nascido por cinco dias, Ana. Estou vivendo uma noite infinita."

    Neste segundo volume da autora E. L. James vamos conhecer mais algumas nuances do Christian Grey e isso definitivamente é o que realmente deixa o livro mais envolvente, mesmo a autora repedindo algumas situações que passam a ser irritantes a medida que são constantemente vistas, como: as mil vezes que a deusa interior aparecia e que a Ana revirava os olhos ou então mordia os lábios, enfim, cada vez que essas situações aconteciam eu é que revira os olhos. Apesar desses pequenos detalhes, confesso que cada ponto que mostrava quem era o Christian e o que tinha acontecido em sua vida, me deixava cada vez mais curiosa e presa no enredo. E é esse o toque especial do livro, que nos mostra um personagem com uma história tão marcante que fica impossível não querer saber mais sobre ele. 

   Ana também ganha mais personalidade nesse segundo volume, mostrando um amadurecimento que agrada o meu olhar de leitora. O romance passa a ser bem mais explorado pela autora, assim como a tentativa de um relacionamento que envolva o "mundo" dos dois protagonistas - o que torna tudo mais exitante. A presença de personagens como a Mrs. Robinson, torna à trama muito mais provocativa, é impossível não sentir uma certa antipatia ou para os mais fervorosos, um certo ódio por ela. 

     Ao meu ver, é neste volume também que a autora elimina as chances da história ser voltada para o BDSM, fica claro que o livro nada mais é do que um romance com um toque erótico, de cenas bastante elevadas e nada recomendadas para menores de 18 anos.

"- Eu nunca tinha me sentido do jeito que me senti quando você foi embora, Anastasia. Eu moveria o céu e a terra para evitar ter aquela  sensação  de  novo. "

    Tenho que dizer que é neste livro que se encontra a minha cena favorita de toda a trilogia, que é quando o Grey com medo de perder a Ana, se entrega totalmente a ela. Quem leu deve saber de que cena estou falando... é muito linda. 

     Por fim, Cinquenta tons mais escuros não melhora alguns aspectos que são próprios da escrita da autora, entretanto, é fato que ganha situações que encorpam a trama de maneira maravilhosa. É definitivamente o melhor livro da trilogia (pois é claro que já li o último e posso afirmar tranquilamente isso. rsrs).


Confira: resenha de Cinquenta tons de cinza já publicada no blog.



Cinquenta tons mais escuros é o segundo volume da trilogia escrita pela autora E. L. James, que no Brasil foi publicado pela Editora Intrínseca.

22 julho 2019

O Vento me disse... #80 - O Lado feio do amor - Cooleen Hoveer

18:30 9 Comments

O Lado feio do amor
Autora: Colleen Hoover
N° de páginas: 336
Editora: Galera Record
Ano: 2015
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Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor. O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.

     Tate Collins acaba indo morar temporariamente no apartamento do irmão (que passa muito tempo fora devido ao trabalho como piloto de avião) por causa de seu mestrado na área de enfermagem. Ao chegar ao recinto ela fica surpresa em ver um desconhecido, bêbado, impedindo a sua passagem. Ela acaba descobrindo que se trata do seu agora vizinho, Miles Archer, um cara que apesar da beleza aparente se encontra fechado para o amor. É claro que ela não sabe disso inicialmente, o contato que ela tem com ele é restrito ao irmão dela que é super amigo do Miles. 

     O fato é que o tempo passa e uma atração começa à surgir entre ambos, ao ponto de Miles propor uma espécie de amizade colorida, onde duas regras são impostas por ele: sem perguntas sobre o seu passado e sem perspectivas com relação ao futuro dos dois como um casal. Com a rotina de estudar e trabalhar, Tate acaba aceitando o trato pois também não espera se envolver tão profundamente. Com o tempo ela acaba percebendo que o que Miles oferece é muito insólito, ela queria mais, queria que ele fosse mais aberto, queria saber o que aconteceu com ele, queria sentir que tudo não era só tesão e atração sexual. E esse é basicamente o conflito do enredo criado pela autora Colleen Hoover, que no Brasil foi publicado pela editora Galera Record.
   
     Se tem uma coisa que sempre me agradou nos livros da Colleen é a sua maneira de escrever uma história, foi assim com Um caso perdido e Novembro, 9. Em O lado feio do amor mais uma vez ela trouxe uma trama bem amarrada, com personagens interessantes e uma narrativa em primeira pessoa, intercalada entre presente/passado e ambos protagonistas. Como de costume, um dos personagens possui uma carga dramática mais forte tendo em vista experiências do passado, que no caso deste livro é vivido pelo personagem masculino. À medida que a história transcorre percebemos que Miles amou, amou tanto que descobriu o lado feio do amor, que é expresso na forma de dor.

     Sentimos que é necessário que o Miles perceba que a vida precisa seguir adiante, que o passado deve ficar apenas na lembrança. Aos trancos e barrancos ele vai percebendo que Tate pode ser de grande ajuda, mas é claro que até ele entender isso muita coisa acontece, decepções e frustrações são muitas, tanto para Tate como para nós leitores.

"É óbvio que a pessoa, quem quer que tenha sido, que inventou a frase estou morrendo de amor por você nunca sentiu o tipo de amor que existe entre Tate e eu. Se tivesse, a frase seria estou vivendo de amor por você. Porque é exatamente o que Tate fez. Ela me trouxe de volta à vida com seu amor."

     Essa é uma das obras mais aclamadas da autora e tenho que dizer que sei o por quê. O enredo é comovente e possui elementos presentes nos new adults (sem vulgaridade) que tanto atraí às leitoras. Elementos que quando bem usados são sinônimos de sucesso. A única coisa que me incomodou de maneira negativa foi o desenrolar, vamos dizer, do reencontro do Miles com alguém do seu passado. Acho que esse reencontro era importante e foi desenvolvido de maneira superficial pela autora (se bem que pode ter tido uma questão de edição), sem falar que tenho que confessar que esperava um final mais dramático do que foi. Acho que estava preparada para um final triste e não foi assim, então, não se preocupem pois a felicidade impera no final. :)

     Ao final, acredito que a mensagem que a Colleen Hoover quer passar é que a vida é uma só, e que é preciso vivê-la. Mesmo que ela insista em nos mostrar a efusividade do amor na mesma medida que expressa a intensidade da dor, ou simplesmente, o lado feio do amor.


"São os momentos bonitos como esse que fazem valer a pena o amor feio." 


15 julho 2019

O Vento me disse... #79 - O Professor - Tatiana Amaral

13:56 0 Comments

O Professor
Autora: Tatiana Amaral
N° de páginas: 420
Editora: Pandorga
Trilogia:  O professor #01
Ano: 2015
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Charlotte Middleton é infantil e mimada. Uma garota cheia de vontades, rica e com um único objetivo na vida: ser uma grande escritora. Prestes a formar-se com honras em Letras e Literatura, ela depara-se com um grande problema: o professor. Seus sonhos são despedaçados quando Alex Frankli resolve reprová-la em seu último semestre. O motivo? Ela não sabe descrever os sentimentos corretos para seus personagens. Num jogo eletrizante, Alex guiará sua pupila por uma jornada de intensas emoções e prazer, onde aprenderá a fórmula certa para cada sensação.
   Uma vez ou outra sempre procuro um livro com a temática de aluna/professor, acho que é meio que um fetiche já que não tive essa experiência na escola e nem na faculdade. kkk Brincadeiras a parte, acho que essa coisa de amor impossível/proibido é o que me chama atenção e quando tive a oportunidade de ler O Professor da Tatiana Amaral, o fiz, e hoje estou aqui para dizer o que achei sobre o livro da autora brasileira que foi lançado pela Editora Pandorga. 

    Charlotte Middleton é uma jovem de pouco mais de 20 anos que está concluindo a sua graduação no curso de Letras da universidade, portanto, ela está naquele estágio em que é preciso fazer o trabalho de conclusão de curso (que no seu caso é um livro). Seu orientador é Alex Frankli, um professor bonito e super linha dura, que logo a informa que pelo desenvolvimento de seu trabalho ela será reprovada.

   Ao ser informada que o seu livro, um romance adulto, falta paixão e um toque de realidade, Charlotte decide, com a intenção de tornar sua história o mais crível possível, viver no dia a dia às experiências que foram privadas ao longo de sua vida (já que ela vem de uma família super rígida que sempre a controlou) e Alex vendo que a sua aluna está disposta a se entregar ao primeiro que aparecer em sua frente decide dar algumas aulas - se é que me entende - para sua aluna. Assim, os dois embarcam em uma história cheia de descobertas e sensualidade.

"Eu o  amava.  O queria.  Mas não podia sufoca-lo com o meu amor, principalmente, porque não era o que ele queria. Então as palavras de Shakespeare faziam todo sentido, eu jamais poderia exigir de Alex mais do que ele poderia me dar."

    Então, algumas coisas precisam ser mencionadas por mim sobre esse livro. O primeiro, o enredo poderia ter se desenvolvido mais rapidamente, acredito que foram muitas páginas para um enredo tão simples (e existe mais três livros de continuação). Confesso que as lições do professor era até interessante no início, mais ao passar das páginas foram me cansando. Muito chove não molha para que ambos cheguem aos finalmente. Segundo, Charlotte era uma jovem que apesar de rica não tinha frescura e conseguia até me divertir com sua inexperiência mas, tenho que falar, sua imaturidade (pela idade e falta de experiência) não me animou e me fez ter um certo "ranço" por ela.

    Se por um lado a Charlotte era chata, no caso do Alex o que me pegou foi algumas atitudes que ao meu ver condizia mais a um adolescente do que a um homem de 34 anos que, além de professor era editor chefe de uma editora. Enfim, sei que homem quando ver rabo de saia novo é "osso", mas isso meio que me decepcionou

    O Professor tem até um enredo que se conduzido de uma forma diferente poderia ser melhorado e ser bem mais do que foi. Não sei ao certo se minha decepção foi porque esperava outra coisa e tal, acho que a narrativa mais descarada da autora não me agradou muito, sem falar nos pontos que pontuei anteriormente. Por fim, apesar da minha opinião acho que a autora conseguiu realizar um bom trabalho, as frases de William Shakespeare foram um super acerto e a sua criatividade foi bem estimulante. Tenho certeza que a autora está na estrada certa, talvez, fosse eu que não estivesse nesse caminho.



O Professor - Ele vai ensinar, ela vai aprender é o primeiro volume da série O professor da autora brasileira Tatiana Amaral. Além deste, existe mais três livros. 

08 julho 2019

O Vento me disse... #78 - Cinquenta tons de Cinza - E.L. James

16:30 0 Comments

Cinquenta tons de cinza
Autora: E.L. James
N° de páginas: 480
Editora: Intrínseca
Trilogia:  Cinquenta tons #01
Ano: 2012
Skoob: Aqui
Compre: Aqui
Quando Anastásia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus próprios termos.
Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.

      Estava dando uma olhada nas postagens que deixei como rascunho e percebi que muitos livros lidos por mim não ganharam uma opinião.  Pensando  nisso, decidi tentar colocar em dia essas  postagens e postar no blog, para que assim fique registrado minha opinião, por mais simples que seja. Um desses livros que ficou pendente foi o primeiro volume da trilogia mundialmente famosa da E. L. James.

     Cinquenta tons de cinza conta a história de Anastásia Steele, uma jovem que ao aceitar um pedido de uma amiga, acaba conhecendo e entrevistando o jovem empresário Christian Grey. Inexperiente como era de se pensar, já que jornalismo não é a sua área, ela acaba descobrindo em Grey um homem inteligente, bonito, atraente, enigmático e com uma certa mania de controle. Apesar da ingenuidade e da timidez dela, à atração entre ambos é evidente e ganha novos contornos quando Christian aparece, inesperadamente, em sua vida e confessa a querer (do seu jeito).

     A proposta de Christian a assusta ao mesmo tempo que a seduz, e mesmo reticente ela embarca em uma história que levará aos dois ao limite. Ela descobre que o relacionamento homem/mulher pode ser bem mais intenso do que um dia imaginou e que Grey, além da faceta de empresário dono de uma vasta fortuna, é um homem atormentado por demônios do passado que o afeta principalmente na maneira como ele lida com sua vida pessoal.

"O mundo de Katherine Kavanagh é muito claro, muito preto e branco. Não os inatingíveis, misteriosos, tons vagos de meu mundo cinza."

     Quando a editora Intrínseca lançou Cinquenta tons de cinza no Brasil em 2012 ainda não tínhamos essa "moda" de livros new adults ou melhor dizendo, com a temática do BDSM no país. Muitos livros que vieram depois beberam dessa fonte propagada pela autora E. L. James, que por ter ganhado um sucesso estrondoso foi o que mais recebeu criticas negativas. É bem verdade que por vir de uma fanfic (de Crepúsculo por sinal) a escrita da autora, apesar da temática, é bem romanceada e bem simplória. Apesar disso não podemos negar que o romance entre Anastásia e o Christian é realmente envolvente.

     É claro que a temática do BDSM no livro é um plus que ganhou a atenção das leitoras em várias partes do mundo, foi o que me fez ler esse livro por exemplo, ainda em 2013. No entanto, acho que o choque entre os mundos de Christian e da Anastásia foi o que realmente pegou e cativou a massa. Além de ter conseguido despertar a curiosidade das leitoras que se perguntavam o que tinha acontecido para que Grey tivesse essa necessidade por controle e os motivos que o levaram não querer ser tocado (em algumas partes) e não ter um relacionamento "normal".

"Isso me assusta... você me assusta... estou completamente envolvida por seu encanto.[...] Quero que a gente dê certo, mas estou apavorada com o tamanho do sentimento que eu tenho por você e com o caminho escuro para onde está me  levando."
    Cinquenta tons de cinza pode não ser o melhor livro com a temática BDSM, quem o encara dessa forma realmente deve sair decepcionado - eu pelo menos acredito que  aos que curtem e/ou vivem o  BDSM devem ter ficado - ou então iludido - se pensa que a vida de uma submissa é daquela forma. O livro, ao meu ver, é um romance entre duas pessoas que vivem de forma diferente e que tem que lidar com algumas questões para viverem, plenamente, o que sentem um pelo outro - inclusive entre quatro paredes. 

    Enfim, não entrei muito na história pois acredito que este livro chegou ao ponto (ainda mais depois do lançamento da versão cinematográfica) de que todos já conhecem a história e que provavelmente já sabem de alguns pontos positivos ou negativos, por isso acho não precisa que mais uma simples blogueira os pontue de forma mais efusiva. 
Assim, termino isso aqui falando de como E.L. James influenciou o mercado editorial nessa última década e de como, apesar dos pesares e da deusa interioranos depois da primeira vez que li esse livro (e o restante da trilogia) ele continua, ao meu ver, sendo um dos melhores do gênero.






Cinquenta tons de cinza é o primeiro livro da trilogia Cinquenta tons da autora E.L. James. Todos já lançados pela editora Intrínseca. 

03 julho 2019

O Vento me disse... #77 - Casada até quarta - Catherine Bybee

22:25 0 Comments

Casada até quarta
Autora: Catherine Bybee
N° de páginas: 196
Editora: Verus
Série: Noivas da semana #01
Ano: 2017
Skoob: Aqui
Compre: Aqui


O contrato de casamento deles previa tudo.. menos se apaixonar.O primeiro livro da série Noivas da Semana.
Blake Harrison: rico, nobre, charmoso... e precisando de uma esposa até quarta-feira. Para isso, Blake recorre a Sam Elliot, que não é o homem de negócios que ele esperava. Em vez disso, ele encontra Samantha Elliot, linda e exuberante, com a voz mais sexy que ele já ouviu.
Samantha Elliot: dona da agência de casamentos Alliance, ela não está no menu de pretendentes... até Blake lhe oferecer milhões de dólares por um contrato de um ano. Não há nada de indecente na proposta dele, e além disso o dinheiro vai ser muito útil para quitar as contas médicas da família dela. Samantha só precisa disfarçar a atração que sente por seu novo marido e evitar a todo custo a cama dele. 
Mas os beijos ardentes de Blake e seu charme inegável se provam muito difíceis de resistir. Era um contrato de casamento que previa tudo... menos se apaixonar. Agora só resta a Samantha proteger seu coração até que o contrato chegue ao fim.

A vida corre com uma velocidade e as atividades são tantas que confesso que nesse momento só queria uma leitura que me distraísse da rotina. Nada muito complicado, que tivesse um bom ritmo e uma história convincente. Acho que escolher Casada até quarta da autora Catherine Bybee foi uma boa opção. 

Lançado pela Verus Editora, a trama conta a história de Blake Harrison, um nobre britânico que além de rico, charmoso e inteligente é super bonito, ou seja, possui o pacote completo dos protagonistas "tudo de bom" que esses livros geralmente apresentam. Blake precisa de uma esposa até quarta-feira e isso por causa de uma cláusula no testamento do seu pai. Para resolver esse problema ele decide procurar uma agência de relacionamento, afinal, uma esposa sem sentimentos e prática é o que ele precisa no momento. É aqui que Samantha Elliot entra em ação.

Dona da agência Alliance, San é uma mulher objetiva que passou por maus bocados depois que viu sua família ir a ruína e apesar de não morrer de fome, sabe que precisa do dinheiro de Blake para ajudar no tratamento da irmã. Ao conhecer o seu novo cliente, é claro que a presença de Blake chama sua atenção e apesar de agir profissionalmente, ela acaba ficando nas mãos do lorde Harrison, que ultrapassa os limites do profissional ao oferecer um contrato, com duração de um ano, que beneficia aos dois. E como é de se imaginar, o contrato é só um papel, é fácil de resolver. O problema é quando os sentimentos entram em jogo e a razão vai pro "espaço".

"Uma esposa por conveniência. Uma esposa que muitas vezes colocava um sorriso em seu rosto e o fazia questionar sua vida de playboy e seus passa tempos superficiais."

Casada até quarta é o primeiro volume da série Noivas da semana e como é possível perceber, aborda uma história clichê, afinal, quem já não leu uma história que tinha casamento de conveniência como centro do enredo? Então, isso para mim não é um problema até porque já esperava isso, mas deixo logo o aviso aos desavisados. Aos clichês, o diferencial é a narrativa e a autora soube desenvolvê-la muito bem, em terceira pessoa, Bybee proporciona um enredo levemente divertido, romântico e atencioso.

Os acontecimentos são meio que esperados, os personagens bem parecidos com os de novelas e com características/elementos de romances de banca, tudo isso me agradou e acho ser um ponto positivo. Outra coisa que gostei também foi a honestidade dos protagonistas, Blake e San foram bem sinceros com o que sentiam e agiram de acordo com o que a situação apresentava. Acredito que a única coisa que pode não agradar aos leitores é o fato do livro ser bem curto, não permitindo que a autora se aprofunde de fato na personalidade dos personagens (acredito que a narrativa em terceira pessoa também contribuiu para que isso acontecesse) e também no desenvolvimento de algumas situações. 

Por fim, Casada até quanta nos mostra uma trama leve para se ler em momentos de ressaca literária, no intervalo de um ou outro livro mais denso ou simplesmente quando não sabemos o que ler. Uma leitura simples, rápida, com bons personagens e um enredo que adoraríamos ver em um filme da sessão da tarde.  





Casada até quarta faz parte da série Noivas da semana. É o primeiro volume de um total de sete livros, que já foram lançados pelo selo Verus Editora.