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04 março 2022

Carta ao leitor (a): Feios - Scott Westerfeld

19:12 0 Comments


Querido (a) leitor (a),


A primeira edição de Feios de Scott Westerfeld foi lançada no Brasil há quase uma década pela Galera Record, desde então, me perdi e me encontrei com ele algumas vezes ao longo desses anos, mas nunca me permiti mergulhar de fato no seu enredo, mesmo achando a premissa do livro realmente interessante. 

Basicamente, o livro conta a história de Tally, uma jovem de 16 anos que não vê a hora de se tornar "perfeita". E isso acontece quando justamente na sua idade, os jovens passam por uma cirurgia que transforma a sua feiúra - ou simplesmente o que consideramos normalidade - em uma beleza padrão que deixa todos estonteantes, felizes e confiantes. Os feios e os perfeitos são divididos em uma sociedade pós-apocalíptica que se transformou ao longo do tempo e que é diferente do que conhecemos hoje. 

Quando adentramos a leitura começamos a extrair algumas intenções do autor, a começar pela critica dessa busca desmedida dos humanos em mudar suas características tentando se encaixar em um padrão de beleza esperado pela sociedade, algo que vemos na nossa realidade quando abrimos as redes sociais e encontramos fotos e mais fotos de pessoas com o mesmo tipo de roupa, cabelo, boca, nariz... Além dessa valorização sobre a beleza, vamos dizer assim, outro ponto que o autor crítica  - de maneira sútil - é o modo como o ser humano usa e abusa da natureza, de modo que na trama, a natureza acaba "devolvendo" anos de exploração e descuido. Todos estes pontos são bem envolventes e muito provavelmente seria o necessário pra tornar a trama simplesmente inesquecível, concorda comigo? Pois bem, seria... mas, entretanto, todavia... não foi! 

Infelizmente, o modo como a trama foi desenvolvida não me prendeu, a todo instante ficava com a sensação de que faltava algo na trama, mais ação, adrenalina, mais informações, mais carisma dos personagens, ahhhh esse é um ponto importante, os protagonistas, ao meu ver foram bem insossos e não conseguiram  gerar aquela empatia que permitiria que essa pessoa que vos escreve torcesse por eles e consequentemente pela trama. 

A protagonista, Tally, nunca questionou o sistema e sempre ansiou pelo momento em que deixaria de ser a "vesguinha", tudo aí dentro do esperado, no entanto, sua realidade acaba mudando quando ela conhece Shay, uma menina que não quer ser transformada. Coisas acontecem que fazem com que Tally parta em uma jornada em busca da sua amiga e do grupo de feios que "ameaça" o sistema. Essa jornada ocupa bastante páginas e assim estamos sozinhos com a personagem, conhecendo seus medos e desejos, o que poderia ser uma forma de se conectar com ela mais que pra mim, foi uma parte bem entediante da história pois justamente não consegui me concetar com a personagem. Quando Tally encontra a amiga e os "feios", ela conhece um dos líderes, David. E aquilo que poderia ser melhorado com o início de um relacionamento entre os personagens, se perde num romance apressado, sem profundidade e sem química - acho que meu cabelo tem mais química que esses dois. Haha 

Se não bastasse isso, as explicações para as consequências das cirurgias e o que aconteceu com a sociedade pra ela se encontrar de tal forma, é mostrado de uma maneira vaga. Além disso, mais pro final, em decorrência das decisões tomadas pela protagonista, ela acaba tomando uma atitude arriscada que serve como pano de fundo para o segundo livro da série e que ao meu ver, utilizou-se de um argumento bem fraco para acontecer, mesmo pra ela que buscava uma certa "redenção".

Por tudo o que disse até aqui, diria que o meu "caminho" com a leitura de Feios foi cheio de buracos e algumas pedras, mas no meio de tudo também encontrei uma flor, que me permitiu refletir sobre a nossa realidade e até que ponto um livro pode ser considerado ruim, tendo elementos tão interessantes. De modo que a leitura pode não ter funcionado pra mim em sua totalidade, mais que com você pode ser diferente. 


P.S. Olha os outros livros da série, inclusive, recentemente eles ganharam capas novas. Bem melhores na minha opinião. Em seguida, deixo a sinopse para caso você tenha a curiosidade.






Te vejo em breve, 


Nah 




SINOPSE 


 FEIOS
Autora: Scott Westerfeld
N° de páginas: 416
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Skoob: Aqui


Tally está prestes a completar 16 anos e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista, mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.






08 janeiro 2020

O Vento me disse... #86 - É Assim que acaba - Colleen Hoover

16:25 14 Comments
 
É Assim que acaba
Autora: Colleen Hoover
N° de páginas: 368
Editora: Galera Record
Ano: 2018
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Um romance sobre a força necessária para fazer as escolhas corretas nas situações mais difíceis. Da autora das séries Slammed e Hopeless.

Lily nem sempre teve uma vida fácil, mas isso nunca a impediu de trabalhar arduamente para conquistar a vida tão sonhada. Ela percorreu um longo caminho desde a infância, em uma cidadezinha no Maine: se formou em marketing, mudou para Boston e abriu a própria loja. Então, quando se sente atraída por um lindo neurocirurgião chamado Ryle Kincaid, tudo parece perfeito demais para ser verdade. Ryle é confiante, teimoso, talvez até um pouco arrogante. Ele também é sensível, brilhante e se sente atraído por Lily. Porém, sua grande aversão a relacionamentos é perturbadora. Além de estar sobrecarregada com as questões sobre seu novo relacionamento, Lily não consegue tirar Atlas Corrigan da cabeça — seu primeiro amor e a ligação com o passado que ela deixou para trás. Ele era seu protetor, alguém com quem tinha grande afinidade. Quando Atlas reaparece de repente, tudo que Lily construiu com Ryle fica em risco. Com um livro ousado e extremamente pessoal, Colleen Hoover conta uma história arrasadora, mas também inovadora, que não tem medo de discutir temas como abuso e violência doméstica. Uma narrativa inesquecível sobre um amor que custa caro demais.



   Eu ainda não sei bem como começar isso aqui. Fui atingida em cheio por uma história tocante, sensível e especial que somente Colleen Hoover poderia fazer. É assim que acaba, lançado no Brasil pela Editora Galera Record, é um livro que desperta um misto de emoções; senti amor, raiva, tesão, ódio... Amei o fato de ver que pessoas boas ainda existem e que com persistência podemos alcançar nossos sonhos, fiquei com raiva por ver que tem gente que não se controla e deixa o seu pior vir à tona, tive tesão em ver um enredo que apresenta um casal que apesar de tudo se ama e se deseja e ódio por saber que as coisas nem sempre são como a gente quer.

   É assim que acaba nos leva ao mundo de Lily, uma jovem mulher que apesar de ter crescido em um ambiente tóxico nunca deixou de lutar por aquilo que acreditava. Foi assim quando ela conheceu Atlas no passado e foi assim quando decidiu abrir o seu próprio negócio em Boston, EUA. 
Abrir uma floricultura não é fácil e saber que o carinha desconhecido que ela encontrou há uns meses em cima de um telhado quando ainda refletia a perda  do pai e que quase a fez ir contra o que ela achava ser certo, era o irmão da sua única funcionária, foi uma surpresa não tão boa para ela. Afinal, Ryle tinha o pacote completo (bonito, inteligente, gente boa e com uma carreira na medicina bem promissora) e não seria difícil se apaixonar por ele - o que  não seria um problema se ele não tivesse uma certa aversão a relacionamentos. 

  O fato é que a atração entre eles é imediata e logo os dois estão embarcando em um relacionamento que inicialmente é mil maravilhas. Algo que ao longo do tempo vai se modificando e que só piora com o aparecimento de Atlas, o grande amor da juventude de Lily. É nesse momento que vamos ver as tentativas da protagonista em quebrar o padrão que normalmente ocorre quando se estar preso a um relacionamento abusivo. 

   Com a narrativa da trama em primeira pessoa, intercalada entre passado e presente, o leitor vai conhecer a Lily na fase adulta e na adolescência, quando ela escrevia em um diário suas angústias juvenis. É com esse tipo de narrativa, típico da autora, que vamos encontrar um amor super fofo que desperta o nosso lado mais romântico e saudoso, e vamos nos deparar com a crua realidade que muitas mulheres vivenciam atualmente.

"Lily - diz ele, enfaticamente. - Não existe isso de pessoas ruins. Todos nós somos humanos e, as vezes, fazemos coisas ruins."

   Desse modo, apesar de todo o romance, este livro da Colleen se destaca por nos proporcionar  o exercício da empatia com as mulheres que sofrem com violência doméstica. Afinal, quantas vezes não nos pegamos julgando mais a mulher do que o agressor? Fazendo questionamentos: - Como essa mulher fica com esse cara? É falta de amor próprio, ela é pior do que ele... enfim, frases machistas que não representam as particularidades de cada situação e que mostram que o ser humano ainda tem que evoluir bastante. 

   Este livro veio também para mostrar como é complicado romper com esse ciclo da violência, inclusive para o próprio abusador. Para vocês terem uma noção, eu terminei a leitura e não senti ódio pelo Ryle, por mais idiota que ele tenha sido. Meus sentimentos perpassaram a incredulidade, revolta... pena! Pena é a palavra certa, pena por tudo ter acontecido como foi. E que fique claro que não estou justificando e passando a mão na cabeça dele, não!, ele foi errado e o final foi mais do que justo. É só que... sabe quando você fica com a sensação de que tudo poderia ser diferente, que uma história seria outra se o "se..." fosse mais como a gente sonha e não como muitas vezes realmente é? 

   Por fim, eu poderia falar muito mais sobre o quanto eu gostei da maneira como a autora usou de uma experiência real e pessoal para dar vida a esses personagens (leiam a nota da autora, por favor), o quanto desejei que existisse mais "Atlas's" nesse mundo (que são gratos e pensam no melhor daqueles que amam) e mais "Allysa's" (melhor pessoa pra se ter de amiga), e o quanto eu gostaria que mais "Lily's" pudessem sair dos relacionamentos que as fazem mal e realizassem os seus sonhos. Nunca é tarde para tentar... saibam disso!

"Ás vezes você faz coisas que sabe que são erradas, mas que, de alguma maneira, também são certas? Não sei como explicar de forma mais simples."

   É assim que acaba nos traga para um enredo que simplesmente dilacera o coração. É um livro que nos faz refletir sobre o quão complicado é para quem vive em uma relação abusiva e o quão importante é interromper o padrão da violência desde o início. Leitura é entretenimento, mas também é alerta. Por isso fiquem atentas meninas. Leitura recomendadíssima! 



22 julho 2019

O Vento me disse... #80 - O Lado feio do amor - Cooleen Hoveer

18:30 9 Comments

O Lado feio do amor
Autora: Colleen Hoover
N° de páginas: 336
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Quando Tate Collins se muda para o apartamento de seu irmão, Corbin, a fim de se dedicar ao mestrado em enfermagem, não imaginava conhecer o lado feio do amor. Um relacionamento onde companheirismo e cumplicidade não são prioridades. E o sexo parece ser o único objetivo. Mas Miles Archer, piloto de avião, vizinho e melhor amigo de Corbin, sabe ser persuasivo... apesar da armadura emocional que usa para esconder um passado de dor. O que Miles e Tate sentem não é amor à primeira vista, mas uma atração incontrolável. Em pouco tempo não conseguem mais resistir e se entregam ao desejo. O rapaz impõe duas regras: sem perguntas sobre o passado e sem esperanças para o futuro. Será um relacionamento casual. Eles têm a sintonia perfeita. Tate prometeu não se apaixonar. Mas vai descobrir que nenhuma regra é capaz de controlar o amor e o desejo.

     Tate Collins acaba indo morar temporariamente no apartamento do irmão (que passa muito tempo fora devido ao trabalho como piloto de avião) por causa de seu mestrado na área de enfermagem. Ao chegar ao recinto ela fica surpresa em ver um desconhecido, bêbado, impedindo a sua passagem. Ela acaba descobrindo que se trata do seu agora vizinho, Miles Archer, um cara que apesar da beleza aparente se encontra fechado para o amor. É claro que ela não sabe disso inicialmente, o contato que ela tem com ele é restrito ao irmão dela que é super amigo do Miles. 

     O fato é que o tempo passa e uma atração começa à surgir entre ambos, ao ponto de Miles propor uma espécie de amizade colorida, onde duas regras são impostas por ele: sem perguntas sobre o seu passado e sem perspectivas com relação ao futuro dos dois como um casal. Com a rotina de estudar e trabalhar, Tate acaba aceitando o trato pois também não espera se envolver tão profundamente. Com o tempo ela acaba percebendo que o que Miles oferece é muito insólito, ela queria mais, queria que ele fosse mais aberto, queria saber o que aconteceu com ele, queria sentir que tudo não era só tesão e atração sexual. E esse é basicamente o conflito do enredo criado pela autora Colleen Hoover, que no Brasil foi publicado pela editora Galera Record.
   
     Se tem uma coisa que sempre me agradou nos livros da Colleen é a sua maneira de escrever uma história, foi assim com Um caso perdido e Novembro, 9. Em O lado feio do amor mais uma vez ela trouxe uma trama bem amarrada, com personagens interessantes e uma narrativa em primeira pessoa, intercalada entre presente/passado e ambos protagonistas. Como de costume, um dos personagens possui uma carga dramática mais forte tendo em vista experiências do passado, que no caso deste livro é vivido pelo personagem masculino. À medida que a história transcorre percebemos que Miles amou, amou tanto que descobriu o lado feio do amor, que é expresso na forma de dor.

     Sentimos que é necessário que o Miles perceba que a vida precisa seguir adiante, que o passado deve ficar apenas na lembrança. Aos trancos e barrancos ele vai percebendo que Tate pode ser de grande ajuda, mas é claro que até ele entender isso muita coisa acontece, decepções e frustrações são muitas, tanto para Tate como para nós leitores.

"É óbvio que a pessoa, quem quer que tenha sido, que inventou a frase estou morrendo de amor por você nunca sentiu o tipo de amor que existe entre Tate e eu. Se tivesse, a frase seria estou vivendo de amor por você. Porque é exatamente o que Tate fez. Ela me trouxe de volta à vida com seu amor."

     Essa é uma das obras mais aclamadas da autora e tenho que dizer que sei o por quê. O enredo é comovente e possui elementos presentes nos new adults (sem vulgaridade) que tanto atraí às leitoras. Elementos que quando bem usados são sinônimos de sucesso. A única coisa que me incomodou de maneira negativa foi o desenrolar, vamos dizer, do reencontro do Miles com alguém do seu passado. Acho que esse reencontro era importante e foi desenvolvido de maneira superficial pela autora (se bem que pode ter tido uma questão de edição), sem falar que tenho que confessar que esperava um final mais dramático do que foi. Acho que estava preparada para um final triste e não foi assim, então, não se preocupem pois a felicidade impera no final. :)

     Ao final, acredito que a mensagem que a Colleen Hoover quer passar é que a vida é uma só, e que é preciso vivê-la. Mesmo que ela insista em nos mostrar a efusividade do amor na mesma medida que expressa a intensidade da dor, ou simplesmente, o lado feio do amor.


"São os momentos bonitos como esse que fazem valer a pena o amor feio." 


07 julho 2018

Lançamentos Grupo Editorial Record (Julho de 2018)

09:30 0 Comments

Ainda seguindo a linha de publicar os lançamentos das editoras que gosto, confira o que o grupo Editorial Record preparou para o mês de julho de 2018. 

GALERA

Todo dia - David Levithan


Todo dia sou uma pessoa diferente. Eu sou eu, sei que sou. Mas também sou outra pessoa. Sempre foi assim. Toda manhã, A acorda em um corpo diferente, em uma vida diferente. Não há qualquer aviso sobre quem será ou onde estará em seguida. De menina a menino, rebelde a certinho, tímido a popular, saudável a doente; A precisa se adaptar.Ele já se acostumou com isso e até criou algumas regras para si mesmo. Primeira: nunca se apegar; segunda: jamais interferir. E tudo corre bem… até que A desperta no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon.A partir desse momento, as regras pelas quais tem vivido não fazem mais sentido. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer fi car; dia após dia, todo dia. Mas como esperar que uma pessoa que sempre viveu uma vida normal possa entender a realidade de A? Ou até mesmo acreditar nela?
Enquanto lutam para se reencontrar a cada 24 horas, ambos precisam enfrentar seus próprios demônios, superar suas limitações e redefinir suas prioridades. Rhiannon conseguirá ficar com alguém que muda a cada dia? E até onde A acha justo (ou ético) interferir nas vidas de quem habita? Mas, principalmente, o amor pode mesmo vencer qualquer barreira?


VERUS

Um verão na Itália - Carrie Elks

Cesca Shakespeare chegou ao fundo do poço. Depois de escrever uma peça de teatro premiada que acabou em desastre, o bloqueio criativo se instalou, sem previsão de ir embora. Seis anos mais tarde, ela acabou de perder mais um emprego pavoroso e está prestes a ser despejada de seu apartamento. Pior ainda, suas irmãs não fazem ideia de como sua vida vai mal. Assim, quando seu padrinho lhe arruma uma temporada de verão em uma bela villa italiana, sem ter de pagar nada por isso, Cesca concorda, meio a contragosto, em ir para lá e tentar escrever uma nova peça. Isto é, antes de descobrir que a casa pertence a seu arqui-inimigo, Sam Carlton.

Tendo acabado de ver seu nome em todas as manchetes pelas razões erradas — mais uma vez —, o galã de Hollywood Sam Carlton precisa de um lugar para se esconder. Que opção melhor do que a linda villa desocupada de sua família à beira do lago Como? Só que, quando ele chega, descobre que a casa não está tão desocupada quanto ele esperava.Ao longo do quente verão italiano, Cesca e Sam terão de confrontar o passado. E o que começa como uma hesitante amizade rapidamente se torna uma atração intensa — e depois uma aventura ardente. Uma coisa é certa: este será um verão abrasador…

Esta é a nova e deliciosa série da autora best-seller Carrie Elks. Você vai conhecer a família Shakespeare: quatro irmãs, quatro histórias… quatro maneiras de encontrar o amor verdadeiro.

27 janeiro 2017

O Vento me disse...#57 - A Geografia de nós dois - Jennifer E. Smith

13:38 11 Comments

A Geografia de nós dois
Autora: Jennifer E. Smith
N° de páginas: 272
Editora: Galera Record
Ano: 2016 
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Lucy mora no vigésimo quarto andar. Owen, no subsolo... E é a meio caminho que ambos se encontram - presos em um elevador, entre dois pisos de um prédio de luxo em Nova York. A cidade está às escuras graças a um blecaute. E entre sorvetes derretidos, caos no trânsito, estrelas e confissões, eles descobrem muitas coisas em comum. Mas logo a geografia os separa. E somos convidados a refletir... Onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir à distância? Em A Geografia de Nós Dois, Jennifer E. Smith cria tramas cheias de experiências, filosofia e verdade.

A Geografia de nós dois foi o meu primeiro contato com a escritora Jennifer E. Smith, que com sua escrita simples me transportou a história da Lucy, uma menina de 16 anos que em meio a um blecaute acabou ficando presa em um elevador com outro garoto, Owen para ser mais exata.

Os dois aparentemente não tinha nada em comum, enquanto ela vinha de uma família rica e morava no 24° andar de um prédio luxuoso de Nova York, ele morava no subsolo do prédio com o pai, que tinha aceitado há pouco a vaga de administrador. No entanto, contrariando as estatísticas os dois acabaram criando uma conexão que foi além da noite em que a cidade ficara no escuro. Foi além da geografia que parecia os separar cada vez mais. 


Assim, mesmo Owen indo embora de Nova York sem um destino certo, viajando com o pai por várias cidades dos Estados Unidos e Lucy indo morar com seus pais na Escócia e depois em Londres, parecia impossível para ambos esquecerem o breve encontro que tiveram naquele dia em que a cidade ficou toda no escuro. Então, apesar da geografia dos dois estarem em linhas opostas, ambos estavam dispostos a permitir que novos traços surgissem, levando-os aos tão esperados reencontros.

A trama criada pela Jennifer definitivamente não ficou marcada em mim, provavelmente daqui uns anos terei dificuldades em lembrar de alguns pontos da história e isso acontecerá não pelo fato dela ser ruim. A verdade é que a trama é boa mais é isso, boa. Além do mais, confesso que tive dificuldade em criar uma conexão com os personagens em si e com o relacionamento deles. Ainda me custa acreditar que em plena juventude, depois de um encontro apenas e de poucas palavras trocadas em e-mails e cartões postais o romance poderia dar certo em meio a distância. Acho que essa insegurança minha com relação a esses fatos se deu pelo modo em que a autora conduziu a trama e principalmente, como ela terminou. Digo isso porque há pouco tempo li Novembro, 9 da Cooleen Hoover - que possui uma trama onde os protagonistas mal se encontram - e não tive uma sensação tão forte, como nesta, de que a história era inverossímil demais.

Por esses motivos digo que a narrativa da Smith falhou um pouco, mas também é fato, que no decorrer da história ela melhorou bastante. Falando em narrativa, a mesma é em terceira pessoa e é dividida entre os pensamentos da Lucy e do Owen. Além disso, o livro é composto por cinco partes sendo os capítulos bem curtos (alguns deles tinham apenas uma linha), coisa que gostei bastante.

Por fim, A Geografia de nós dois, que foi publicado no Brasil pela Editora Galera Record em 2016, não foi a melhor história que já li e não é daquelas que me veem primeiro a cabeça quando me pedem uma indicação, mesmo assim acredito que é uma boa história e é uma boa opção para aqueles dias em que queremos simplesmente nos distrair e viajar nas histórias.

"Se traçassem um mapa dos dois, de onde tinham começado e de onde terminariam, as linhas seguiriam para longe uma da outra como ímãs de polos opostos. E já tinha ocorrido a Owen que havia algo profundamente errado com aquilo, que deveriam existir círculos ou ângulos ou voltas, qualquer tipo de traço que possibilitasse às duas linhasvoltarem a se encontrar. Em vez disso, iam em direções opostas. O mapa era o mesmo que uma porta prestes a se fechar. E a geografia da situação — a geografia dos dois — estava completa e irremediavelmente errada."

  

19 janeiro 2017

O Vento me disse...#56 - Novembro, 9 - Colleen Hoover

16:42 16 Comments

Novembro  9
Autora: Colleen Hoover
N° de páginas: 352
Editora: Galera Record
Ano: 2016 
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Fallon conhece Ben, um aspirante a escritor, bem no dia da sua mudança de Los Angeles para Nova York. A química instantânea entre os dois faz com que passem o dia inteiro juntos – a vida atribulada de Fallon se torna uma grande inspiração para o romance que Ben pretende escrever. A mudança de Fallon é inevitável, mas eles prometem se encontrar todo ano, sempre no mesmo dia. Até que Fallon começa a suspeitar que o conto de fadas do qual faz parte pode ser uma fabricação de Ben em nome do enredo perfeito. Será que o relacionamento de Ben com Fallon, e o livro que nasce dele, pode ser considerado uma história de amor mesmo se terminar em corações partidos?

9 de novembro é uma data especial para os protagonistas desse novo melodrama da Cooleen Hooven - que foi publicado no Brasil pela Editora Galera Record no ano passado. Especial de uma maneira boa e especial por um fator ruim. 

Fallon e Ben se conheceram no dia 9 de novembro em um restaurante. De maneira inesperada para a protagonista, o mocinho a ajudou sair de uma situação constrangedora com o seu pai, que de maneira grosseria desfazia de qualquer futuro profissional que Fallon almejava no meio artístico- isso por que depois de um acidente a mesma tivera parte do seu rosto e corpo queimados. O encontro apesar de inesperado trouxe uma estranha conexão entre os personagens que acabaram decidindo se encontrar durante cinco anos, somente no dia 9 de novembro. Assim, durante os outros dias eles viviam às suas vidas, tinham suas experiencias e não mantinham contato nenhum... até chegar dia 9 de novembro.

Cooleen Hooven mais uma vez criou uma história romântica com boas doses de drama que simplesmente encanta grande parte do público feminino. Confesso que as primeiras páginas do livro não me agradaram muito pois me perguntava se não aconteceria algo que a deixasse mais movimentada. Isso aconteceu até pouco mais da metade da trama que é quando uma situação complicada surge entre o Ben e a Fallon, a partir deste ponto passei a ver a história com outras perspectivas. Já pra perto do fim o grande segredo do livro é revelado e cabe a um dos personagens decidir se quer seguir adiante ou não com essa história de amor.

Com estes elementos posso afirmar que Novembro, 9; com seus erros e acertos, foi uma boa leitura. O melodrama, ao meu ver, teve dois pontos altos durante a história, que apesar de não ser uma total surpresa para mim não deixou de ser uma coisa boa para na trama. Além disso, foi uma história que apresentou uma das protagonistas que mais gostei de acompanhar nesses últimos anos. A Fallon mesmo com todo o trauma consegue ter uma evolução perceptível na trama, coisa que às vezes não consigo captar com facilidade em outras tramas do gênero. É tanto que apesar de achar um pouco irreal a maneira como as coisas acontecem entre ela e o Ben, a personagem em si é bem real, ela sabe que o mais importante é a si mesma e que o romance pode ou não dar certo. Já sobre o Ben só posso dizer que ele é um personagem doce e faz o que pode para ter a Fallon ao seu lado.

Uma coisa que achei negativa no livro é que esse formato - que só mostra o dia em que os personagens se encontram - fez com que personagens secundários fossem poucos explorados, além disso, teve momentos que desejei que a autora tivesse se aprofundado, e que por outro lado acabaram gerando coisas desnecessárias também. Apesar disso, confesso que por ser narrado em primeira pessoa, trazendo os pensamentos de ambos personagens, a trama ganhou contornos mais dramáticos e positivos para mim.

Por fim, a trama criada pela Cooleen Hooven não foi o melhor que li da autora (ainda prefiro Um caso perdido) mesmo assim recomendo para aqueles que gostam de um romance com drama, com direito a segredos, revelações e personagem real e doce. Indico para aqueles que curtem young Adult e para aqueles que querem conhecer a escrita da Cooleen que é definitivamente maravilhosa.
"Quando você encontra o amor, você o segura. Você agarra com ambas as mãos e faz tudo em seu poder para não deixá-lo ir. Você não pode simplesmente andar para longe dele e esperar que ele fique até que você esteja pronta para isso."

04 novembro 2015

O Vento me disse...#34 - Um Caso Perdido - Colleen Hoover

20:11 20 Comments


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Livro: Um Caso Perdido
Autor (a): Colleen Hoover
N° de páginas: 384
Editora: Galera Record
Ano: 2014
Trilogia: Hopeless #01
Skoob: aqui
Comprar: aqui 

Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.
Uma Caso Perdido foi o primeiro livro que tive a oportunidade de ler da Colleen Hoover, se você acompanha a "blogosfera" sabe que essa autora é super elogiada, ela escreveu livros super "badalados" como O lado feio do amor e Métrica. Eu estava com boas expectativas, não tanto pela história- ainda mais se levar em conta a sinopse como base, que ao meu ver não é nada atraente- mais sim por esses elogios a escrita e forma de narrar da autora. Devo dizer que o livro não foi perfeito, mais no final, acredito que minhas expectativas foram correspondidas.

Lançamento da Editora Galera Record aqui no país em 2014, o livro conta à história de Sky, uma garota bem diferente das outras. Durante anos a Sky estudou em casa; manteve apenas uma amizade com a Six; nunca teve uma televisão, celular e computador. Quando ela está perto de terminar os ensinos a mesma decide se formar em uma escola. É nesta que ela conhece Holder, um rapaz com fama de encrenqueiro que a encanta totalmente. O mais estranho é que ele desperta nela, lembranças de um passado que esteve obscuro em sua mente.

Quando essa pessoa que vos escreve começou a leitura de Um Caso Perdido pensava encontrar- o que necessariamente não é uma coisa ruim, para deixar claro- apenas um bad boy encrenqueiro, uma mocinha sem muita atitude e muitas cenas de sexo. Posso dizer que esses elementos ainda aparecem na trama, no entanto, a autora procurou ir bem além do que é esperado para um leitor que já conhece o gênero e conseguiu fazer com que a trama tivesse um bom desenvolvimento.