25 fevereiro 2015

O vento me disse... #03 - Orgulho e Preconceito - Jane Austen


Livro: Orgulho e Preconceito
Autor: Jane Austen
Número de páginas: 400
Editora: Landmark
Ano: 2012
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O principal assunto do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e possuidor de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para uma caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes. O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século 18. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. De fato, ele parece se interessar bastante por Jane, sua filha mais velha, logo no primeiro baile em que ele, as irmãs e o Sr. Darcy, seu amigo, comparecem. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século 18. 
A história do livro inicia-se com a chegada do rico Sr. Darcy e Mr. Bingley a cidade fictícia de Meryton em Hertfordshire, perto de Londres. Com a chegada dos mesmos, vemos como se desenrola as relações da família Bennet, que possuem em seu seio familiar, cinco filhas solteiras, ansiosas pelo casamento. A mais espirituosa de todas e que não trata o casamento como meramente uma convenção social é a segunda filha mais velha da família Bennet, Elizabeth, ou como é mais conhecida pelos íntimos, Lizzy. Com uma inteligência e personalidade até certo ponto, desafiadora, para o que se era esperado a uma mulher daquela época, Lizzy vai se envolver numa relação de orgulho, preconceitos, mal entendidos e, sobretudo, de compreensão, consentimento e amor verdadeiro com o tão enigmático e taciturno Sr. Darcy.

Eu não sei explicar muito bem o que Orgulho e Preconceito têm que atrai e encanta tanta gente (eu inclusive). A história é boa? Sim, mais venhamos e convenhamos, não tem nada de diferente do que já estamos acostumados a ler por aí. A escrita é legal? Sim, mas, sei que para algumas pessoas ela pode não ser tão boa assim, afinal, estamos falando de um livro escrito há dois séculos, é compreensível que o estilo da escrita tinha que ser diferente né? O livro tem romance e as cenas hots? Não, nenhumaaaaaa. Acreditem, lemos o livro inteiro e não temos uma cena vamos dizer... mais saliente. E então, porque esse falatório todo com relação ao livro?

Só posso dizer pra vocês que uma palavra define bem o que Orgulho e Preconceito é para mim:  Sensibilidade! A Jane Austen soube explorar tão bem a sensibilidade das emoções dos personagens (não só dos protagonistas que fique claro) e das situações vividas por estes que tornou uma obra que poderia ser considerada simplória em algo fenomenal.  Fazendo com que tanta gente se encante pela sua narrativa histórica.

Por isso meu querido leitor, quando for ler o livro- tanto os de primeira viagem ou os que já conhecem e amam-, tente perceber esses sentimentos, tenha a mente e o coração aberto. Sejam perceptivos aos sentimentos que transbordam na escrita de Austen e vocês verão que a obra realmente vale à pena e que, absolutamente, nenhuma resenha e/ou opinião poderá expressar bem o que ela foi, é e será.

Se você quiser comprar a obra existe várias versões sendo vendidas pelos sites e livrarias. Eu tenho essa versão que tá logo aí encima. Na época, comprei por R$ 30,00, mais hoje tá muito mais barato. É uma versão bilíngue e a capa é a mesma do filme feito em 2005. Eu gostei dela, as folhas são amareladas, a capa é dura e não lembro ter encontrado algum erro de digitação ou coisa do tipo. 

Até a próxima! 

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