O Vento me disse...#33 - A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

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Livro: A Rainha Vermelha
Autor (a): Victoria Aveyard
N° de páginas: 424
Editora: Seguinte
Ano: 2015
Trilogia: A Rainha Vermelha #01
Skoob: aqui
Comprar: aqui 
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Oi gente, hoje eu vou falar sobre A Rainha Vermelha que é a distopia da vez, livro super bem comentado pelos blogueiros literários e super desejado pelos leitores brasileiros, o mesmo é a estréia da Victoria Aveyard no mundo literário e faz parte de uma trilogia lançada esse ano aqui no país, pela Editora Seguinte. Eu não sabia muito bem como escrever o que pensava sobre ele, então, decidi fazer isso de uma maneira diferente do que estou acostumada. No lugar de fazer uma “resenha” do livro nos “moldes tradicionais”, decidi fazer algumas pontuações sobre o mesmo, vamos lá!

1.História: A história é definitivamente uma boa distopia, isso é um fato. Por ter um enfoque político, a mesma acabou se tornando bem mais interessante ao meu ver. Para quem não conhece, o livro conta a história de Mare, uma jovem plebeia e humilde que desde nova aprendeu a roubar para ajudar à família, que por ser vermelhos -  pobres e sem poderes - são explorados pelos prateados- os ricos e nobres da sociedade que possuem alguns tipos de poderes especiais. Por ironia do destino ela acaba indo trabalhar no palácio e acaba descobrindo ser alguém que nem ela mesmo imaginava ser. Envolvida em dois mundos, os vermelhos e os prateados, Mare vem a descobrir que existe um mundo que vai além dessas duas sociedades. Além disso, uma coisa que achei bacana foi que em determinadas situações, a autora acaba fazendo uma associação com a sociedade em que vivemos.  

“- O que meu povo vem fazendo com você e seu povo é uma ofensa aos fundamentos da humanidade. Oprimir e aprisionar os vermelhos num círculo perpétuo  de pobreza e morte, apenas por pensarmos que vocês são diferentes de nós? Não é certo. E como todos que conhecem história podem lhe contar, termina em desastre. “ 

2. Lembra à Seleção: Não posso negar, teve algumas coisas no livro que me fizeram lembrar A Seleção da Kiera Cass. Veja bem, NÃO estou dizendo que é uma seleção diferente, é só que essa sensação simplesmente aconteceu. E como exemplos disso posso citar: a protagonista que é bem jovem, tem uma família grande, vive numa situação financeira e social desfavorável, acaba entrando sem querer no palácio, existe uma seleção para escolher uma das princesas, existe de certa forma um triângulo amoroso, rebeldes, planos para acabar um sistema, mortes, guerra... Enfim, se você leu o livro sabe do que estou falando. No entanto, se você não leu, repito, que apesar dessas semelhanças, A Rainha Vermelha é bem diferente. E isso se deve principalmente, como já disse anteriormente, pelo enfoque político da trama – o romance é quase inexistente nesse primeiro volume.

3. Tem que se prestar bastante atenção: Como é o primeiro volume de uma trilogia distópica, a Victoria nos apresenta uma infinidade de informações, por isso, se faz necessário  que o leitor redobre a atenção, para que assim, consiga captar e entender bem o mundo em que se é narrado a história.

“...passo o tempo todo tentando lembrar o que me ensinaram. Osanos, ninfoides, azul e verde. Welle, verdes, verde e dourado. Lerolan, oblívios, laranja e vermelho. Rhambos e Tyros e Nornus e iral e muitos outros nomes . Nunca vou entender como alguém consegue gravar isso tudo”.

4. “Todo mundo pode trair todo mundo”: Essa frase é citada no livro e cabe perfeitamente a dualidade dos personagens. Em busca de seus objetivos, os mesmos são capazes de trair uns aos outros, por isso, não se deve confiar em ninguém...

5. Protagonista/Idade dos protagonistas: Por último eu tenho que apontar que a protagonista não me convenceu muito, no caso dela não foi por causa da idade, mais sim por suas atitudes. Eu não vou falar muito- pois se não vou acabar soltando um spoiler- mais sinceramente, eu não consegui sentir empatia por ela durante muitas situações. Não sei, vamos ver o que acontece no segundo livro. Sobre a idade dos protagonistas, esse ponto vai mais para a idade dos príncipes, o Cal e o Maven (17). Genteeee, eu não consigo imaginar um homem todo decidido, forte, isso e aquilo com apenas 19 anos como é o caso do Cal, e no caso do Maven ai é que não me convence mesmo. Eu entendo, sei que o público alvo do livro é adolescentes e jovens, no entanto, acho que a idade ideal para ambos seria  na casa dos 20 e poucos anos (quem sabe trinta?). Acredito que as jovens meninas não se preocupariam com isso. Enfim, sei que é uma besteira minha, é só que isso me incomodou e para falar a verdade, vem me incomodando nas atuais distopias que vem sendo publicadas ultimamente e que tenho tido a oportunidade de ler.

Por todos esses motivos considero que A Rainha Vermelha mostrou ser uma boa história, com um potencial de mercado incrível, no entanto, na minha opinião, deixa a desejar em algumas coisas. Talvez, eu possa atribuir isso as expectativas elevadas que tinha tendo em vista as opiniões na blogosfera, não sei. Por isso, se querem um conselho, NÃO esperem muita coisa. A história é boa e por isso recomendo - mais pelo que ela promete na sequencia do que propriamente pelo que foi me apresentado neste primeiro volume.  

É isso e até a próxima!

“E nós vamos nos levantar. Vermelhos como a aurora”.

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14 comentários

  1. Oi, Nath!
    Gostei bastante de "A Rainha vermelha" no final do livro sofri por não ter a continuação em mãos e poder saber mais da história!
    Beijinhos,
    Alice
    www.wonderbooksdaalice.com

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    1. Que bom que gostou Alice, eu gostei também apesar de algumas coisas que apontei na resenha e tal. Indico sim, pra quem gosta de distopia.

      bju

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  2. Nath, confesso que A Rainha Vermelha é uma leitura bastante esperada por mim, primeiramente por ser uma distopia e, por fim, pela divisão de classes sociais por meio de sangue, vermelho e prateado. Gostei bastante dos enfoques citados por você, desde as ações dos personagens até a semelhança com A Seleção. Quero me aventurar neste mundo com Mare.

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    1. Espero que vocês goste Ycaro, essa divisão dos sangues foi uma boa sacada da autora. Espero que o segundo seja melhor, que me surpreenda bem mais do que o primeiro.

      bju

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  3. Olá!!!
    Já li algumas resenhas sobre A Rainha Vermelha e fiquei bem interessada. Adorei muito as pontuações que você colocou, me deixaram mais ansiosa pra ler e saber mais sobre a Mare.
    Bjos e sucesso!!

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  4. Oi ...
    A blogosfera fez uma mega divulgação desse livro !
    Mas , acho que não leria porque não curto distopias :(
    Beijos

    http://coisasdediane.blogspot.com.br/

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    1. É questão de gosto mesmo Diane, mais sabe, pode ser que no meio de uma distopia você acabe encontrando uma história que lhe agrade.

      bju

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  5. Nath, sua resenha está ótima e aumentou ainda mais minha curiosidade, pois estou muito ansiosa para ler esse livro. Li muitas resenhas, mas nenhuma me deixou tão curiosa, com vontade de desvendar os mistérios, de entender melhor os personagens e o que realmente esperar desta trama como a sua me deixou. Eu adoro distopias e tenho certeza de que vou gostar deste.
    Bjs!

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    1. Fico feliz em saber que consegui despertar esse interesse em você. Espero que goste da leitura.

      bju

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  6. Não costumo ler distopias, apenas algumas despertam minha curiosidade e A rainha vermelha foi uma delas. Achei bem interessante esse detalhes da cor do sangue - vermelho e prateado - e que cada um representa um lugar na sociedade. Mas confesso que todo esse enfoque político acaba com meu interesse - acho isso muito chato - e esse é um dos motivos por eu não ler distopias, e como não li e não pretendo ler A seleção e detesto triângulo amoroso, A rainha vermelha é um livro que não pretendo ler.
    Abraços!

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    1. Eu já gosto de distopias justamente por esse lado político da coisa, saber das diferenças das sociedades, pode analisar isso com a nossa realidade e tal. Sobre o triângulo, confesso que isso também não me agrada, no entanto, em A rainha vermelha esse triângulo se acaba lá para o final. Então, se for por isso, pode ficar tranquila.

      bju

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  7. Gosto muito de tramas distópicas, acho que para criar algo assim é necessário muita criatividade do autor, porque é algo que foge ao que estamos acostumados e admiro muito quem consegue escrever algo assim.

    http://lenabattisti.blogspot.com.br/

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    1. Isso é verdade Lenise. Pensando por esse lado, sempre fico boba com a autora de Harry Potter, J.K é a mestre dos mestres.

      bju

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Muito obrigada pelo seu comentário. É muito bom ver você por aqui.

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