11 outubro 2024

O Vento me disse...#94: Não era pra ser uma história de amor - Sarah Adler

14:11 0 Comments

 



NÃO ERA PRA SER UMA HISTÓRIA DE AMOR 

Autora: Sarah Adler

N° de páginas: 304

Editora: Arqueiro

Ano: 2023

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Uma viagem improvável reúne um escritor cínico, uma eterna romântica e uma urna funerária, mudando suas vidas para sempre. Millicent Watts-Cohen tem uma missão a cumprir. Determinada a reafirmar o poder duradouro do amor, ela decide levar as cinzas da Sra. Nash, uma idosa de 98 anos que se tornou uma grande amiga, de Washington até a Flórida. Seu objetivo: reuni-la, ainda que simbolicamente, ao grande amor de sua vida, oitenta anos depois.Mas as coisas não saem como previsto por Millie. Depois que uma pane geral no sistema de aviação cancela todos os voos, ela acaba pegando uma carona com Hollis Hollenbeck, um antigo colega do seu ex, que está indo de carro até Miami. Ele é um escritor enfrentando um bloqueio criativo e certamente não acredita no clássico “felizes para sempre”.Ao longo de muitos quilômetros de estrada, enquanto os dois discutem sobre a playlist ideal para a viagem e lidam com restaurantes exóticos, uma pousada de gosto duvidoso, um festival de brócolis e um cervo histérico, Millie começa a suspeitar que seu relutante parceiro pode gostar mais da companhia dela do que deixa transparecer.E, quanto mais perto eles chegam do destino, mais ela se vê forçada a admitir que essa viagem não é apenas sobre a história de amor da Sra. Nash – talvez seja sobre a dela também.


Não era pra ser uma história de amor de Sarah Adler que foi publicado no Brasil pela Editora Arqueiro, é uma daquelas leituras que te proporciona uma história leve, algumas risadas e de quebra, te faz refletir sobre o amor e suas surpresas.  A trama gira em torno de Millicent, uma ex-celebridade mirim com uma missão um tanto peculiar: levar as cinzas de sua amiga de 98 anos, Sra. Nash, de Washington até a Flórida, para reuni-la simbolicamente com o grande amor de sua vida.


A viagem, que já começa com um toque de comédia/desastre devido a uma pane no sistema de aviação, se torna ainda mais interessante quando Millie pega carona com Hollis Hollenbeck, um escritor cínico que vem enfrentando um bloqueio criativo, que além de ser um ex-colega de seu ex-namorado é totalmente o oposto de Millie em relação as crenças sobre o amor. Tenho que dizer que esse início me lembrou o filme "Forças do destino", protagonizado por Sandra Bullock e Ben Affleck nos anos 90, obviamente, as histórias são diferentes mas tenho que já adiantar que esse clima de "filme de sessão da tarde" permeia a trama.


Ao acompanhar essa jornada dos protagonistas, vamos acompanhando diálogos espirituosos, situações divertidas (como um festival de brócolis e um cervo histérico), e momentos de introspecção que fazem o leitor torcer pelo improvável casal. A química entre Millie e Hollis é palpável, e é impossível não se envolver com suas discussões. De modo geral, o que mais gostei foi o fato de não ter tantas situações dúbias em que os personagens querem uma coisa e fazem outra, acho que eles são até bem diretos no que desejam. 


Sarah Adler consegue equilibrar humor e emoção, criando personagens autênticos e adoráveis. A escrita é leve e envolvente, perfeita para quem busca uma leitura descontraída, mas com uma boa dose de profundidade. O livro narra não só as vivências dos protagonistas como também volta no tempo mostrando um pouco sobre o amor da Sra. Nash na época da guerra e tal, acredito que essa escolha foi interessante pra gente ter mais empatia pela jornada da Millie em levar as cinzas da amiga. Apesar dos pontos favoráveis preciso confessar que demorei um pouco pra terminar a leitura (parei ela umas três vezes), mas não consigo dizer se foi pela narrativa da autora ou se simplesmente não estava tão no clima. Nesse sentido, deixo com vocês a decisão da leitura dessa história.


Por fim, acredito que a mensagem final de Não era pra ser uma história de amor, de que o amor pode surgir nos momentos mais inesperados e de que vale a pena acreditar nele, foi transmitida perfeitamente. Recomendo para quem está em busca de um romance leve e cheio de ❤️.





19 agosto 2024

O Vento me disse...#93: A Verdade sobre amores e duques - Laura Lee Guhrke

10:00 0 Comments


A VERDADE SOBRE AMORES E DUQUES 

Autora: Laura Lee Guhrke

N° de páginas: 320

Editora: Harlequin Books

Ano: 2018

Série: Querida conselheira amorosa #01

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Henry Cavanaugh, duque de Torquil, anseia por uma vida ordenada e previsível. A única que o ajuda com isso era a mãe... até ela se apaixonar por um artista e decidir seguir o conselho amoroso de Lady Truelove, largando tudo para seguir os desejos do coração. Agora Henry vai exigir que a mulher mexeriqueira que deu aquele conselho imprudente o ajude a impedir que o nome da sua família acabe na lama.Irene Deverill é o que a sociedade londrina considera uma ovelha negra: dirige o jornal da família, é uma solteirona e tem orgulho disso! Mas ninguém sabe que ela possui um grande problema nas mãos: o duque de Torquil demanda que ela o ajude a resolver os problemas da sua família. Esse relacionamento forçado fará despertar nela sentimentos que nunca pensou possuir.



    A Verdade sobre amores e duques é um romance de época que mistura drama e romance, que foi escrito por Laura Lee Guhrke. Publicado em 2018 pela Editora Harlequin Books, a história gira em torno de Henry Cavanaugh, o duque de Torquil, e Irene Deverill, uma mulher independente que dirige o jornal da família. 


    Henry é um homem que preza pela ordem e pela reputação da família, ele vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua mãe decide seguir os conselhos amorosos de Lady Truelove, uma colunista de conselhos amorosos que faz parte do jornal da Irene. A mãe de Henry se apaixona por um artista e decide largar tudo para seguir seu coração, o que leva Henry a confrontar Irene para resolver essa "bagunça".


    A querida Irene (ou a própria Lady TrueLove) é uma mulher à frente de seu tempo, que ao comandar o jornal da família sustenta não só uma irmã como também o pai alcoólatra. Ela não tem vergonha de ser uma "solteirona" como muitos apontam, pelo contrário, ela se mostra uma mulher espirituosa e determinada, que luta pelos direitos das mulheres, é independente e não tem medo de enfrentar o duque e sua arrogância.


    O ambiente que a autora nos apresenta une elementos essenciais para as leitoras que gostam de tramas de época. Romance, diálogos afiados e situações cômicas que equilibram os momentos mais tensos, protagonistas que não se gostam e depois vão construindo um caminho, despertando uma tensão que ambos não esperavam. Para mim, essa construção é um dos pontos positivos dessa história, pois quanto mais vou envelhecendo, mais as histórias de amores a primeira vista não me agradam tanto. Então, quando a narrativa demora um pouco mais pra desenvolver o romance, ela é mais crível para mim. Nesse sentido, penso que algumas pessoas podem não apreciar tanto a forma como a autora conduz a história ou até certos personagens. 


    Falando neles, acho que o mais "odioso" deles é o mocinho, o duque possui atitudes realmente detestáveis. Acusa a mocinha por coisas que ela não tem culpa, é arrogante, se acha no direito de certas coisas e que a mocinha deve ceder as suas vontades simplesmente por ele ser um homem aristocrata. Enfim, é inegável que muitas das suas atitudes podem ser consideradas machistas (especialmente quando analisadas sobre o nosso olhar atual). Todavia, acredito que o público que ama romance de época, assim como eu, consegue entender o contexto e todo o universo narrado, até porque o livro não apresenta nenhuma atitude tão grave, além de mostrar uma evolução do personagem que com o tempo vai mostrando um lado mais vulnerável e apaixonado. 


Os capítulos serem alternando entre os pontos de vista de Henry e Irene, nos permite entender melhor as motivações e os sentimentos de cada um. Isso adiciona uma profundidade à trama, pois, conseguimos ver como cada personagem lida com os fatos que vão acontecendo.



    A Verdade sobre amores e duques é uma boa leitura para quem gosta de romances de época com protagonistas fortes e teimosos. Laura Lee Guhrke nos entrega um romance que une elementos já conhecidos e adiciona outros que tentam diferenciar a trama das demais. Não diria que é um dos meus favoritos, mas também não diria que tem uma história ruim. Recomendo especialmente para quem já curte o gênero. 

12 agosto 2024

O Vento me disse... #92: O jogo do amor/ódio - Sally Thorne

20:54 0 Comments


O JOGO DO AMOR/ÓDIO 

Autora: Sally Thorne

N° de páginas: 400

Editora: Universo dos livros

Ano: 2017

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Sally Thorne surge na cena literária apresentando um ambiente de trabalho hilário e sensual em uma comédia sobre aquela conhecida linhazinha tênue entre o amor e o ódio. Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.



O Jogo do amor/ódio da autora Sally Thorne, publicado no Brasil pela Universo dos Livros,  é uma comédia romântica que narra a relação conflituosa entre Lucy Hutton e Joshua Templeman, dois assistentes executivos de uma editora que se odeiam desde o primeiro dia de trabalho. Eles vivem em uma constante disputa de poder, jogos psicológicos e provocações, até que surge a oportunidade de uma promoção que os coloca em uma competição ainda mais acirrada. Entretanto, conforme eles se conhecem melhor, eles percebem que talvez o ódio que sentem um pelo outro seja apenas uma máscara para uma atração irresistível.


A trama é daquelas já bem conhecidas que reúne um "Enemies to Lovers" maravilhoso e bem divertido. A autora soube criar uma química incrível entre os protagonistas, que são personagens bem construídos e carismáticos. Lucy é uma mulher inteligente, otimista e determinada que tem um senso de humor sarcástico e uma personalidade forte. Joshua é um homem sério, metódico e exigente que esconde um lado gentil, sensível e protetor. Os diálogos entre eles são ágeis, irônicos e repletos de tensão sexual. O leitor se diverte com as brigas, os desafios e as provocações que eles trocam, mas também se emociona com os momentos de vulnerabilidade e carinho que eles compartilham.


O livro é um prato cheio para quem ama romances leves, divertidos e apaixonantes. Além disso, a autora também consegue trazer alguns temas mais "sérios", abordando desde  relacionamentos familiares ao próprio crescimento pessoal dos protagonistas. É muito bom acompanhar o desenrolar da trama, tanto que nem percebemos as quase 400 páginas que são narradas em primeira pessoa pela Lucy. 



O Jogo do Amor/Ódio é um livro que consegue equilibrar o humor, o drama e o romance de forma muito bacana. Definitivamente, a história é perfeita para quem procura uma leitura rápida, divertida e despretensiosa. 


06 março 2022

TAG Li até a página 100 - Dez Formas de Fazer um Coração se Derreter

13:49 0 Comments


A postagem de hoje é uma TAG literária bem legal  que sempre tive vontade de responder. Ela foi criada pelo blog Eu leio, eu conto e consiste em responder perguntas sobre a leitura do momento, isso depois de chegar na página 100 do livro. Vamos nessa?!


Livro: Dez formas de fazer um coração se derreter 

Autora: Sarah MacLean 

Editora: Arqueiro

Número de páginas: 352



Primeira frase da página 100:

"Não posso! - Ela balançou a cabeça e virou de costas, mais uma vez, descendo a rampa do telhado, suas palavras chegando até ele através do vento que fustigava seu rosto. 

Do que se trata o livro: 

O livro conta a história de amor entre a filha de um conde, Isabel, e um lorde inglês que "fugindo" de damas casamenteiras acaba indo parar no interior. Estamos falando de um romance de época, ainda mais de Sarah MacLean, então temos um pouco de drama e muito romance regado a cenas de tirar o fôlego. 

O que você está achando até agora? 

Apesar das coisas acontecerem em um curto espaço de tempo, acho que demorou um pouquinho pra trama engrenar (o que também não foi um problema pra mim pois amo livros que desenvolve bem as coisas antes do ápice da história). As coisas estão começando a esquentar agora. 

O que está achando da personagem principal?

Isabel está me ganhando, apesar dela ser um pouco teimosa, consigo entender os motivos dela agir assim. Ela é forte e frágil ao mesmo tempo, algo que estou gostando de acompanhar. Nick também tá sendo um ótimo protagonista, mesmo sendo quem é e fazendo o que faz, ele parece não ter medo de agir de acordo com o que sente. 

Melhores quotes até a página 100:

"- Se aprendi uma coisa na vida, Lara, é que a maioria dos homens é tudo menos boa. E os que são bons não têm o costume de vir à área rural de Yorkshire atrás de solteironas como eu". 

Vai continuar lendo?

Definitivamente sim, a trama tá começando a ganhar um bom contorno. Os protagonistas estão começando a se envolver e conhecendo a autora deve vim coisa boa pela frente. 

Última frase da página 100:

Com o balde na mão, ele lançou um olhar pelas terras até o estábulo, onde o garoto que havia encontrado mais cedo fechava a porta...



Até a próxima! 






04 março 2022

Carta ao leitor (a): Feios - Scott Westerfeld

19:12 0 Comments


Querido (a) leitor (a),


A primeira edição de Feios de Scott Westerfeld foi lançada no Brasil há quase uma década pela Galera Record, desde então, me perdi e me encontrei com ele algumas vezes ao longo desses anos, mas nunca me permiti mergulhar de fato no seu enredo, mesmo achando a premissa do livro realmente interessante. 

Basicamente, o livro conta a história de Tally, uma jovem de 16 anos que não vê a hora de se tornar "perfeita". E isso acontece quando justamente na sua idade, os jovens passam por uma cirurgia que transforma a sua feiúra - ou simplesmente o que consideramos normalidade - em uma beleza padrão que deixa todos estonteantes, felizes e confiantes. Os feios e os perfeitos são divididos em uma sociedade pós-apocalíptica que se transformou ao longo do tempo e que é diferente do que conhecemos hoje. 

Quando adentramos a leitura começamos a extrair algumas intenções do autor, a começar pela critica dessa busca desmedida dos humanos em mudar suas características tentando se encaixar em um padrão de beleza esperado pela sociedade, algo que vemos na nossa realidade quando abrimos as redes sociais e encontramos fotos e mais fotos de pessoas com o mesmo tipo de roupa, cabelo, boca, nariz... Além dessa valorização sobre a beleza, vamos dizer assim, outro ponto que o autor crítica  - de maneira sútil - é o modo como o ser humano usa e abusa da natureza, de modo que na trama, a natureza acaba "devolvendo" anos de exploração e descuido. Todos estes pontos são bem envolventes e muito provavelmente seria o necessário pra tornar a trama simplesmente inesquecível, concorda comigo? Pois bem, seria... mas, entretanto, todavia... não foi! 

Infelizmente, o modo como a trama foi desenvolvida não me prendeu, a todo instante ficava com a sensação de que faltava algo na trama, mais ação, adrenalina, mais informações, mais carisma dos personagens, ahhhh esse é um ponto importante, os protagonistas, ao meu ver foram bem insossos e não conseguiram  gerar aquela empatia que permitiria que essa pessoa que vos escreve torcesse por eles e consequentemente pela trama. 

A protagonista, Tally, nunca questionou o sistema e sempre ansiou pelo momento em que deixaria de ser a "vesguinha", tudo aí dentro do esperado, no entanto, sua realidade acaba mudando quando ela conhece Shay, uma menina que não quer ser transformada. Coisas acontecem que fazem com que Tally parta em uma jornada em busca da sua amiga e do grupo de feios que "ameaça" o sistema. Essa jornada ocupa bastante páginas e assim estamos sozinhos com a personagem, conhecendo seus medos e desejos, o que poderia ser uma forma de se conectar com ela mais que pra mim, foi uma parte bem entediante da história pois justamente não consegui me concetar com a personagem. Quando Tally encontra a amiga e os "feios", ela conhece um dos líderes, David. E aquilo que poderia ser melhorado com o início de um relacionamento entre os personagens, se perde num romance apressado, sem profundidade e sem química - acho que meu cabelo tem mais química que esses dois. Haha 

Se não bastasse isso, as explicações para as consequências das cirurgias e o que aconteceu com a sociedade pra ela se encontrar de tal forma, é mostrado de uma maneira vaga. Além disso, mais pro final, em decorrência das decisões tomadas pela protagonista, ela acaba tomando uma atitude arriscada que serve como pano de fundo para o segundo livro da série e que ao meu ver, utilizou-se de um argumento bem fraco para acontecer, mesmo pra ela que buscava uma certa "redenção".

Por tudo o que disse até aqui, diria que o meu "caminho" com a leitura de Feios foi cheio de buracos e algumas pedras, mas no meio de tudo também encontrei uma flor, que me permitiu refletir sobre a nossa realidade e até que ponto um livro pode ser considerado ruim, tendo elementos tão interessantes. De modo que a leitura pode não ter funcionado pra mim em sua totalidade, mais que com você pode ser diferente. 


P.S. Olha os outros livros da série, inclusive, recentemente eles ganharam capas novas. Bem melhores na minha opinião. Em seguida, deixo a sinopse para caso você tenha a curiosidade.






Te vejo em breve, 


Nah 




SINOPSE 


 FEIOS
Autora: Scott Westerfeld
N° de páginas: 416
Editora: Galera Record
Ano: 2013
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Tally está prestes a completar 16 anos e ela mal pode esperar. Não por sua carteira de motorista, mas para se tornar bonita. No mundo de Tally, seu aniversário de 16 anos traz uma operação que torna você de uma horripilante pessoa feia para uma maravilhosa pessoa linda e te leva para um paraíso de alta tecnologia onde seu único trabalho é se divertir muito. Em apenas algumas semanas Tally estará lá. Mas a nova amiga de Tally, Shay, não tem certeza se ela quer ser bonita. Ela prefere arriscar sua vida do lado de fora. Quando ela foge, Tally aprende sobre um lado totalmente novo do mundo dos bonitos que não é tão bonito assim. As autoridades oferecem a Tally sua pior escolha: encontrar sua amiga e a entregar, ou nunca se transformar em uma pessoa bonita. A escolha de Tally faz sua vida mudar pra sempre.






07 fevereiro 2022

Carta ao leitor(a): Algo Maravilhoso - Judith McNaught

18:27 0 Comments


Querido (a) leitor (a), 

Estou eu aqui novamente pra te dizer o que achei de mais uma leitura, que por sinal, tive um contato inicial há sei lá... 10 anos. Isso mesmo, a primeira vez que li Algo Maravilhoso foi lá pra 2011/12 quando comecei a realmente me interessar por livros de época e me encontrei com os enredos da Judith McNaught. Mais os motivos de ter demorado tanto pra falar sobre ele? Nem sei direito mas acho que por ser uma história antiga e por de fato não ter tido contato com o formato físico dele - sendo que o livro foi lançado originalmente na década de 1980 - me fizeram demorar tanto pra falar sobre ele. Algo que compensei recentemente quando comprei a edição lançada pela Bertrand Brasil - que por falar nisso tem uma das capas mais lindas dos romances de época que vem sendo publicados nos últimos anos no país; depois eu mostro pra você a capa desse livro e dos outros que fazem parte da série Sequels, tenho certeza que você vai querer comprar nem que seja pra enfeitar a sua estante, estou certa? 

Mais falando sobre o enredo de Algo Maravilhoso tenho que adiantar uma coisa, apesar da Judith ter uma maneira de escrever que te prende naquele universo, ela também é até certo ponto bem fiel ao contexto histórico da narrativa, então, não pensem que a protagonista terá atitudes que pra muitos de nós, leitoras, poderíamos pensar: "- é a fod***, essa mulher que é decidida, a frente do seu tempo, sabe o que quer, uhhu girl power... Blábláblá... Atitudes essas que achamos interessantes e que até são boas para acompanhar (e que encontramos bastante nos romances de época que vem sendo escritos recentemente), estamos falando de um livro lançado em 1989 que segue o contexto da sociedade aristocrática inglesa do século XIX, então, veremos uma mocinha com atitude? Sim! Um mocinho conquistador? Também. Mais também veremos uma protagonista inocente até não poder mais e um galã com atitudes um pouco machista, ou seja, o que eu quero te dizer é que se prepare pois você pode não gostar de algumas atitudes (ou a falta delas). Pontuando isso, vamos ao que realmente interessa. 

Alexandra Lawrence, ou simplesmente Alex para os íntimos, desde muito cedo não teve uma vida muito fácil, só que as coisas pioram quando o pai dela acaba morrendo e todos descobrem que ele tinha outra família. Ela então acaba tendo que se virar para manter os custos de uma casa falida, uma mãe amargurada e empregados bondosos que já estão mais próximos da morte do que da vida, se é que me entende.. rs Brincadeiras a parte, a situação financeira da coitada é 'barril' demais, mas tudo muda quando em uma situação no mínimo curiosa, ela conhece Jordan Addison Matthew Townsende. Por essa ruma de nome você já deve ter imaginado que o homem não é pouca coisa né, pois num é mesmo, ele é o duque de Hawthorne.

Resumindo tudo, ela acaba salvando a vida dele e ele acaba se casando com ela. O problema é que Jordan teve algumas experiências na vida que o levaram a não ver às relações matrimoniais como algo romântico e apesar do que aconteceu na vida de Alex, ela não viveu o suficiente dentro da sociedade aristocrática para entender o quão duro ela pode ser. Tentando proteger a esposa desse mundo,  Jordan acaba não contando sobre seu passado, o que se torna um erro, ainda mais quando ele acaba sendo dado como "morto" e sua esposa fica exposta para um mundo que não hesita em lhe mostrar o outro lado da moeda e porque não... do seu marido. 

Uma das coisas que mais gosto nas tramas da Judith é o fato dela mostrar diferentes fases da vida dos personagens de modo que somos levados a conhecer os motivos que fizeram cada um seguir por determinado caminho e como esse todo acaba construindo os personagens, em Algo Maravilhoso isso é visto com muita facilidade. Além disso, o modo como a autora consegue transformar um enredo aparentemente simples em algo que realmente desperta emoções é realmente de se aplaudir, teve momentos que eu queria entrar no livro e dizer: "- Acordaaaa besta, aproveita mas desconfia que quando a esmola é muita o santo desconfia." "- Tu é idiota o tempo todo ou só quando tá acordado?" "Poxa vida, pra que tanto mal-entendidos? A boca não foi feita só pra devorar a boca de outro, também serve pra conversar cara***!". rsrs Revoltas a parte, querido (a), nos momentos em que o amor reinava era aquela melação que a gente até pode achar meio brega mais que no fundo a gente adoraaa! 😎 

Assim, entre momentos de tensão, reviravoltas, raiva e de muito romance vamos lendo as mais de 400 páginas dessa história que foi escrita há mais de 30 anos e que ainda assim encanta novas gerações. Se você me perguntar se é o melhor livro de época da autora? Eu teria que responder que não pois existe 'Whitney, meu amor' no caminho e que é um dos meus xodós. Mais se recomendo a leitura? Claro que sim. Especialmente se você costuma ler romances desse gênero e procura por Algo Maravilhoso para se encantar.


P.S. Olha como as capas dessa série são bonitas, não te disse?! 



Espero que goste da leitura, 


Nah 

01 fevereiro 2022

Pensamentos sob uma noite sem estrelas

18:53 0 Comments


Olá galerinha, como estão? Já viram que eu postei essa semana (milagres acontecem haha). Espero que esteja tudo bem nas suas vidas, afinal, essa coisa de pandemia, covid, mexe com a gente né? 

Por aqui tá tudo bem comigo e com a minha família e não estou aqui pra fazer nenhuma promessa, sei que esses meus dois próximos anos serão de muito trabalho e estudo e tenho certeza que não terei como vir aqui constantemente. Já contei pra vocês que além do trabalho e dos estudos eu estou escrevendo em outro site? Pois é...

Só queria avisar que estou bem e acho que logo trarei algumas novidades, a começar pela principal coluna de livros aqui do blog, que é O vento me disse... Acho que mudarei o nome dela e a forma que escrevo as resenhas (que nunca gostei de chamar de resenhas). Penso numa coisa bem bacana... A dica que deixo é vocês conferirem minha última resenha... 

Além disso, vocês tem alguma dica de livros interessantes pra mim? Apesar da falta de tempo (e até da preguiça) estou me desafiando a ler pelo menos 2 livros por mês (eu sei, é muito pouco mas olha que ano passado se li 7 livros foi muito). Então, tô precisando de alguma dica de livros recentes. Se quiserem podem deixar a indicação que eu vou ter todo um carinho de procurar saber mais sobre a história. 

Enfim, nesse momento, sob uma noite sem estrelas, me lembrei que já se passaram sete anos do blog e não celebrei, vejo a "blogosfera" tão diferente de quando comecei 🥺...


Espero que possamos nos encontrar mais vezes.


Beijos