26 outubro 2016

A Obra e suas capas - A Menina que roubava livros - Markus Zusak

22:46 2 Comments


Oi gente, hoje eu vou mostras as capas pelo mundo de um dos livros mais conhecidos. Estou falando de A Menina que roubava livros de Markus Zusak.
Definitivamente, a primeira versão do livro que foi lançada no Brasil (a segunda ai de cima) é a melhor na minha opinião. E sinceramente, não gosto dessa que foi baseada na adaptação do livro ao cinema. 

24 outubro 2016

O Vento me disse...#54 - O Teste - Joelle Charbonneau (Livro I)

01:00 9 Comments

O Teste
Autora: Joelle Charbonneau
N° de páginas: 320
Editora: Única
Ano: 2015
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No dia de formatura de Malencia ‘Cia’ Vale e dos jovens da Colônia Cinco Lagos, tudo o que ela consegue imaginar – e esperar – é ser escolhida para O Teste, um programa elaborado pela Comunidade das Nações Unificadas, que seleciona os melhores e mais brilhantes recém-formados para que se tornem líderes na demorada reconstrução do mundo pós-guerra. Ela sabe que é um caminho árduo, mas existe pouca informação a respeito dessa seleção. Então, ela é finalmente escolhida e seu pai, que também havia participado da seleção, se mostra preocupado. Desconfiada de seu futuro, ela corajosamente segue para longe dos amigos e da família, talvez para sempre. O perigo e o terror a aguardam.Será que uma jovem é capaz de enfrentar um governo que a escolheu para se defender?
Apesar de gostar de ler livros distópicos é um fato também que poucos são aqueles que não me decepcionam. Por isso, você não irá estranhar se disser que estava mais que desconfiada com O Teste, livro da autora Joelle Charbonneau que foi lançado pela Editora Única em 2014. Apesar dos meus receios me arrisquei na leitura e encontrei um enredo instigante, ou seja, um enredo que soube despertar e manter meu interesse até as derradeiras páginas.

O livro conta à história de uma jovem chamada Malencia Vale. Ela sempre teve o sonho de entrar para a universidade e se tornar uma grande líder para sua colônia (a menor de todas desde que a nação fora dividida no pós-guerra). Para chegar a tanto, Cia tem que passar primeiro pelo Teste- um programa criado pelo governo que seleciona a cada ano apenas os melhores alunos de cada colônia.
O pai de Cia já tinha participado do Teste só que não se lembrava de muitas coisas pois sua memória tinha sido apagada (assim como a dos demais participantes), no entanto, ele tinha sonhos e esses o faziam não desejar que a filha fosse escolhida para o programa, agora, quando acontece dela ser chamada (e não pode haver uma negativa) ele faz um alerta: não confie em ninguém.

Cia logo entende o porque do conselho do pai. O Teste não é apenas uma avaliação de quem poderia ser o melhor ou mais inteligente. Quem comete erros acaba pagando muito caro e quem consegue concluir o processo não se lembra de nada e nunca mais vê a sua família. Para sobreviver  -literalmente - ao Teste, Cia, terá que enfrentar várias etapas que se tornam cada vez mais difícil a medida que avança e tem que ficar de olho na concorrência, inclusive naqueles que dizem ser seus amigos, afinal, apenas 20 pessoas são aprovadas e, quem fica para trás não tem outra chance.

É bem verdade que num todo, a ideia do Teste não é tão original assim, afinal, não é a primeira vez que vejo um mundo dividido em colônias e que um grupo de jovens destas "acabem" tendo que lutar por suas vidas (vide Jogos Vorazes). No entanto, apesar do livro da Joelle ter um ou outro elemento que nos remete uma distopia já conhecida em nenhum momento deixa de ser algo novo, diferente e bom de se acompanhar.  

A narrativa do livro é voltada para o publico juvenil e em primeira pessoa, algo que gostei bastante. No entanto, confesso que a escrita da autora envolve muitas descrições e isso foi algo que me deixou confusa inicialmente. É até "normal" que isso aconteça tendo em vista que O Teste é o primeiro volume de uma trilogia e que por tanto serve como uma "introdução" ao mundo criado pela autora, são muitas coisas para o leitor assimilar. A verdade é que se por um lado temos mais detalhes das coisas, personagens, locais e situações e assimilamos mais o ambiente, por outro lado, a trama se torna mais lenta e um pouco demorada para engrenar.

Outro ponto positivo são os personagens criados pela autora, sinceramente gostei de todos. As características destes foram delineados de uma maneira correta e mostrados de acordo com as situações vividas por eles. Cia foi uma grata surpresa para mim. Ela foi real e natural durante todo a trama, ou seja, ela tinha seus sonhos como toda garota tem na idade dela e quando percebia que precisava fazer alguma coisa que ia contra aquilo que aprendeu, ela sentia medo (algo que algumas heroínas não demostram nos dias atuais).

Apesar da Cia possuir todos esses elementos favoráveis devo confessar que uma coisa me incomodou e acredito ser um ponto negativo da trama. A Cia se torna uma personagem perfeita demais, ou seja, ela não erra nunca, suas respostas e intuições sempre a levam pelo caminho "correto". Não sei se vocês me entendem, mais por exemplo: a Katniss de Jogos Vorazes para chegar onde chegou acabou errando algumas vezes e isso foi natural já que ela adentrava  num mundo totalmente diferente do seu, no entanto, no caso do Teste, a Cia sempre consegue se sair, brilhantemente, das situações complicadas. É um pouco crível para mim ver uma menina que mal começou a vida adulta, que não viveu muitas experiências e que veio de uma colônia super pequena consiga os feitos que ela conseguiu na trama.  Eu sei que quando analisamos o contexto do livro que pune, ás vezes com a própria vida, aqueles que erram, é "desculpada" essa pequena falha (já que se ela errasse poderia morrer) - agora, lá no fundo, continuo achando que a autora poderia ter criado uma maneira de induzir erros sem trazer grandes consequências para a protagonista, mais esse é outro assunto que não pretendo me ater neste texto.

Apesar deste último ponto não esperava gostar tanto deste livro como gostei, afinal, o livro nos faz pensar sobre o papel do líder na sociedade e o que as pessoas são capazes de fazer para chegar e se manter no poder. A trama também me fez refletir como viveríamos se tivéssemos uma outra guerra mundial e nossos rios, lagoas, florestas e solos fossem contaminados. Por fim, espero que a Joelli Charbonneau continue com uma história bem desenvolvida no segundo livro - Estudo Independente - e também espero continuar com boas opiniões a respeito. Por hora, sem grandes alardes, indico a leitura desta trama. 

" Não depois de tudo o que testemunhamos e as coisas que fomos forçados a fazer. Desistir seria como admitir que nada importou. E precisa importar. E precisa ser lembrado".
   

21 outubro 2016

Vento Musical - Playlist Novelas Mexicanas protagonizadas por Adela Noriega

22:45 2 Comments


Hoje vi uma postagem no blog da Carol, A colecionadora de histórias, onde ela mostra uma playlist de músicas que fazem parte de novela mexicanas, e se você acompanha o blog sabe o quanto gosto de novelas latinas. Pensando nisso, decidi fazer uma postagem envolvendo essa temática. 

Há quase três meses fiz a primeira postagem do "Vento Musical", que foi a coluna que criei para que pudesse falar sobre cantores e músicas que gosto aqui no blog . Logo mais, vamos ver no Vento Musical minha playlist de músicas de novelas mexicanas. Mais especificamente, as músicas são de novelas que foram protagonizadas pela atriz Adela Noriega- uma das minhas atrizes favoritas.

16 outubro 2016

O Vento me disse...#53 - A Promessa da Rosa - Babi A. Sette

23:27 2 Comments


A Promessa da Rosa
Autora: Babi A. Sette
N° de páginas: 432
Editora: Novo Século
Ano: 2015
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Século XIX: Status, vestidos pomposos, carruagens, bailes… Kathelyn Stanwell, a irresistível filha de um conde, seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de que ela detesta a nobreza; é corajosa, idealista e geniosa. Nutre o sonho de ser livre para escolher o próprio destino, dentre eles inclui o de não casar-se cedo. No entanto, em um baile de máscaras, um homem intrigante entra em cena… Arthur Harold é bonito, rico e obstinado. Supondo, por sua aparência, que ele não pertence ao seu mundo, à impulsiva Kathelyn o convida a entrar no jardim – passeio proibido para jovens damas. Nunca mais se veriam, ela estava segura disso. Entretanto, ele é: o nono duque de Belmont, alguém bem diferente do homem que idealizava, só que, de um instante a outro, o que parecia a aventura de uma noite, se transforma em uma paixão sem limites. Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.

Dizem que nós, mulheres, eramos  as primeiras a julgar e levar às outras mulheres ao escárnio e margem da sociedade, dizem também, que fomos nós as primeiras em transformar os graves erros dos homens em simples defeitos comuns... infelizmente, concordo até certo ponto com essas afirmações e o que é pior, temo que em pleno século XXI ainda ocorra tais absurdos (mesmo que de forma velada e diferenciada). Em A promessa da Rosa, livro da autora brasileira Babi A. Sette que foi publicado pela Editora Novo Século no Brasil, vamos conhecer uma personagem que  sofreu com o julgamento dos desconhecidos, daqueles que eram seus amigos, do homem que amava e até mesmo da sua própria família. Julgamentos que vieram pelo fato da mesma ser a frente do seu tempo, ou simplesmente, por ela ser como é (e não como se era esperado por uma sociedade machista).

Kathelyn nunca fora uma “dama” nos moldes que uma moça londrina do século XIX deveria ser. Desde criança mostrava ser diferente, no lugar de vestidos e laços o que ela mais gostava era de subir em árvores e montar cavalos. Isso sempre gerou grandes reprimendas do seu pai que mesmo com o tempo decorrido nunca conseguiu "controlar" a personalidade forte da filha, que em sua primeira temporada acaba participando de um baile de máscaras e finda conhecendo um homem que para ela “não tinha o aspecto de um cavalheiro”. Este nada mais era do que Arthur, o duque de Belmont, que depois de descobrir quem era a moça que parecia saber tudo sobre antiguidades faz um acordo de casamento com o pai dela sem que ela saiba de tal fato (já que o mesmo pretendia conquistar ela antes de anunciar o casamento). Por esse motivo, Arthur, corteja e faz de tudo para que a Kathelyn goste dele- posso adiantar que ambos acabam se apaixonando um pelo outro, de verdade. E é nessa normalidade que decorre o que chamo de primeira parte da trama.

Confesso que essa "primeira parte" me lembrou alguns aspectos do livro Whitney, meu amor da autora Judth McNaught. Para ser mais especifica, cito o encontro dos protagonistas que foi em um baile de máscaras, a parte em que a mocinha “desdenha” dos títulos da nobreza, sem saber que ela fala com um nobre e o fato do casamento ser arranjado sem que a protagonista saiba. É verdade que as semelhanças param por ai, pois se o enredo de Whitney, meu amor  não tem grandes consequências a partir do casamento dos protagonistas, em A Promessa da Rosa, muita coisa se desenvolve, agora, não com o casamento, mais sim, com o NÃO casamento da Kate e o Arthur.

Por uma situação embaraçosa e algumas artimanhas o casamento dos protagonistas acaba não acontecendo. E como se era de esperar, quem sofreu com as maiores consequências desse fato foi a Kathelyn, que foi julgada como uma mulher "qualquer" pela sociedade. Expulsa de casa, ela enfrenta a fome, o desespero, o isolamento e o desprezo daqueles que deviam amá-la incondicionalmente. Estes momentos fizeram com que ela, três anos depois, se transformasse em Lysa Borelli; uma viúva, cantora de ópera e o mais importante para a sociedade (machista), uma amante exímia e de uma beleza angelical. A verdade é que "Lysa" de certa forma era uma personagem, que foi criada basicamente da imaginação do que os outros pensavam sobre ela e que foi alimentada por ela e seus grandes amigos Steve, Philipe, Jonas e sua preceptora Elsa (que se tornou uma mãe para ela desde que fora expulsa de casa). Assim, Kate ganhou fama, dinheiro e uma série de bajuladores. Em Paris, quando pensava já estar livre de qualquer influência do passado, ela acaba reencontrando aquele que foi o responsável pela sua ruína. Belmont estava disposto a tudo para tê-la novamente e Kate, apesar de tudo, estava presa em um amor inacabado, em um passado complicado, em um desejo de vingança e uma eterna promessa.

Este ponto do livro da Babi A. Sette é mais intenso e dramático pois possui elementos que tornam a trama bem mais consistente e interessante para o leitor. Lysa Borelli é o resultado das experiencias de vida da Kathelyn. E que experiencia meus caros. A personagem sofre muito (apesar da autora não entrar em detalhes) para chegar onde chegou.  E é neste momento, quando conhecemos as consequências de ser diferente daquilo que se espera de uma mulher da "sociedade", que refletimos... Foi nesse momento que caiu a ficha! Quantas mulheres não devem ter sofrido como a protagonista nos séculos passados? E o que é pior, quantas e quantas não sofrem, mesmo que não seja tão abertamente e de forma diferenciada, nos dias atuais? 
O diferencial de A Promessa da Rosa é esse, é a capacidade de uma história aparentemente "simples" e "romântica" nos fazer refletir sobre o papel da mulher na sociedade atual, o quanto o "machismo" ainda está enraizado na nossa cultura e o modo como ele, ainda, emprega preconceitos.   

Sobre o enredo, confesso que dois pontos me deixaram um "sabor amargo na garganta": a "vingança" que não foi feita necessariamente pelas mãos da Kathelyn (o que talvez tenha sido o caminho mais fácil para a autora) e o desfecho de um personagem (que merecia mais que a morte). A verdade é que o destino e o tempo acabou dando suas cartas e por mais que não fosse o que eu esperava, não deixou de ser algo positivo.

Por fim, a leitura da obra foi uma grata surpresa para mim, que não conhecia nada da autora. As mais de quatrocentas páginas passaram "voando" a medida em que a história se desenrolava, intercalando as visões de ambos protagonistas. Falando neles, encaro o envolvimento da Kate e do Arthur, pela primeira vez em meu longo histórico com livros do gênero, não como uma história de amor, mas sim uma história de perdão. Perdão e reflexão... componentes portentosos para amantes que desejam uma boa leitura. 

“- Eu também não preciso de hipocrisia para ser feliz. Não é ela que nos faz feliz. Mas se a hipocrisia ergue os dentes e lhe esmaga, você acha que pode manter-se em pé? Como você se sentirá quando todos aqueles que conhece lhe virarem a cara e lhe oferecerem o desprezo a cada passo que dá?”.


12 outubro 2016

O Vento me disse...#52 - Tensão - Gail McHugh

23:37 11 Comments

Tensão
Autora: Gail McHugh
N° de páginas: 336
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
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Após a morte da mãe, a vida de Emily Cooper vira de cabeça para baixo. Ela precisa de um novo começo, e Dillon Parker, seu namorado, a convence a se mudar para mais perto dele a fim de passarem mais tempo juntos. Em Nova York, Emily arranja um emprego temporário como garçonete em um restaurante no centro de Manhattan. Ao sair para fazer uma entrega logo no primeiro dia de trabalho, ela esbarra em Gavin Blake, um empresário sexy e bem-sucedido. Assim que seus olhares se encontram, há uma tensão no ar, mas nenhum dos dois consegue entender ou explicar essa forte conexão. Atormentada, Emily tenta não pensar muito naquele desconhecido que mexeu tanto com ela. Porém, ela descobre que Dillon e Gavin são amigos e que terá de conviver com ele muito mais do que poderia ter imaginado. Perdida em sentimentos confusos, Emily sente o desejo por Gavin crescer e se tornar mais ardente a cada vez que se encontram. Será que os dois vão resistir à tensão ou se entregar a essa paixão, apesar de todas as consequências?
Percebo mais do que antes o quanto é complicado fazer uma resenha negativa de um livro, afinal, os autores se esforçam tanto que faz “pena” falar uma coisa ruim, sem falar que para ser sincera, não sei se seria capaz de fazer a metade do que eles escrevem. No entanto, como estou aqui para dar à minha opinião como leitora e não como critica profissional tenho que falar, Tensão - primeiro livro de uma série que foi lançado pela Editora Arqueiro em 2015 no país - foi um dos piores livros que li esse ano, vocês não tem a noção do quanto demorei para terminar à leitura. Poderia dizer que muitos fatores me levaram a isso, no entanto, destaco a história fraquíssima, o enredo nada original e por um último, porem não menos importante, a falta de conexão entre essa pessoa que vos escreve com os personagens criados pela Gail McHugh.


Para quem não leu nada sobre o livro, ele narra à história de Emily Cooper que logo após a morte da mãe acaba se mudando para Nova York com o namorado Dillon Parker. Eles já possuem um relacionamento um tempo e apesar de confiar nele, Emily, prefere morar na casa de uma amiga enquanto toma a decisão de ir morar de fato com o Dillon. Nesta nova cidade a protagonista acaba arrumando um emprego em um pequeno restaurante e logo no primeiro dia de trabalho conhece um homem de “parar o trânsito”. Algo acontece com eles, uma tensão se espalha pelos seus corpos que desperta a curiosidade de ambos, no entanto, ela ignora o que sente e vai embora, pensando ser algo passageiro e que não veria mais aquele estranho. Acontece que um dia o seu namorado lhe apresenta Gavin Blake, um dos seus grandes amigos, o que ela não imaginava era que ele além de amigo do seu namorado também era aquele desconhecido que mexera com as suas emoções.

“Ela podia esquecer os olhos azuis penetrantes ou o charme que emanava de cada poro; bastava o sorriso cheio de covinhas para convencer Emily, instantaneamente, de que era só ele mandar e inúmeras mulheres tiravam a roupa.”

A partir deste momento Emily vive um grande dilema já que o Gavin se mostra interessado nela e apesar do Dillon ter algumas atitudes egoístas e não se mostrar ser o que ela pensava que ele era, o mesmo ajudou muito quando a mãe dela morreu e por isso Emily não quer deixá-lo. Assim, um triângulo amoroso se forma e meu desinteresse pela trama se torna ainda maior.

Dando crédito ao livro devo confessar que já li livros parecidos e até com escrita inferior a Tensão e não achei tão ruim como esse. Não sei se foi o meu estado de espirito ou se simplesmente não fui com a “cara”, mais a verdade é essa, não gostei de nada da história. A começar pelo encontro dos protagonistas- nada original. A Emily e o Gavin assim que se conhecem já sentem alguma coisa um pelo outro e depois já se mostram “apaixonados”, cabe repetir, já vi isso acontecer em outros livros new adults mas nesse, senti a sensação de que o que eles sentiam era algo falso e que o surgimento desse sentimento aconteceu rápido demais, além disso, não consegui me conectar com nenhum dos personagens.

“O corpo talvez desejasse Galvin, mas não havia a menor chance de sua mente querer a mesma coisa.”

A Emily para mim é uma mulher sem personalidade, sem falar que a traição que ela comete para mim é algo inaceitável, afinal, você cometer um descuido é uma coisa, agora, permanecer no erro não dá. O Dillon é um personagem extremamente “babaca”, é daqueles que as autoras escrevem para que não tenhamos pena ou remoço por ele ser ou não “corno”. O Gavin é o melhor dos três pois ele acaba gostando dela e é bem direto e sincero com a Emily, no entanto, o mesmo também não é lá essas coisas, afinal, ficar com a mulher de um amigo não é uma coisa muito legal né?

Por fim, todos esses elementos acabaram influenciando também na maneira como encarei a narrativa, ou seja, como a história não me agradava, acaba que não mantinha o ritmo da leitura e findava parando, começando, parando... Emfim, a narrativa se tornou algo chato e arrastado para mim.

Por isso caros leitores, eu não indico a leitura desse livro e não vai ser uma surpresa para você se disser que não continuarei acompanhando a série. Desculpe se acabei fazendo com que você perdesse o interesse ou se o mesmo é um dos seus livros favoritos, infelizmente, é o que senti e tinha que colocar isso para fora.

“...Gavin estava certo. [...] Essa última possibilidade a atirou no vento frio de inverno.”


08 outubro 2016

O Vento me disse...#51 - Minha Vida Mora ao Lado - Huntley Fitzpatrick

12:32 2 Comments

Minha Vida Mora ao Lado
Autora: Huntley Fitzpatrick
N° de páginas: 320
Editora: Valentina
Ano: 2015
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Os Garrett são tudo que os Reed não são. Barulhentos, caóticos e afetuosos. São de verdade. E, todos os dias, de seu cantinho no telhado, Samantha sonha ser uma deles, ser da família. Até que, numa noite de verão, Jase Garrett vai até lá e... Quanto mais os adolescentes se aproximam, mais real esse amor genuíno vai se tornando. Contudo, precisam aprender a lidar com as estranhezas e maravilhas do primeiro amor. A família de Jase acolhe Samantha, apesar dela ter que esconder o namorado da própria mãe. Até que algo terrível acontece, o mundo de Samantha desmorona e ela é repentinamente forçada a tomar uma decisão quase impossível, porém definitiva. A qual família recorrer? Ou, quem sabe, Sam já é madura o bastante para assumir suas próprias escolhas? Será que está pronta para abraçar a vida e encarar desafios? Quem você estaria disposto a sacrificar pela coisa certa a se fazer? O que você estaria disposto a sacrificar pela verdade?
Minha vida mora ao lado é um Young Adult lançado no país em 2015 pela Editora Valentina que foi finalista do Prêmio RITA como melhor romance de estreia. Eu confesso que esperava apenas mais um romance juvenil, na verdade ele é um romance juvenil mais que possui um elemento que torna à trama bem mais interessante e envolvente. Definitivamente é uma boa leitura.

O livro narra à história de Samantha ou simplesmente Sam. Uma adolescente que vê a sua vida mudar com a chegada da família Garrett. Na verdade, quando os mesmos chegaram na casa ao lado ela ainda era criança, sua mãe logo proibira que a sua irmã e ela tivessem contato com algum dos cinco filhos- que posteriormente seriam oito- do patriarca da família Garrett. Ela falava que eles pareciam com a família do seu ex-marido e pai das meninas- que acabou indo embora e nunca mais dera notícias. Assim, apesar de serem vizinhos, ambas às famílias nunca tiveram muito contato durante os anos. Até que um dia, Samantha, que criara à mania de observar à numerosa família de uma plataforma que ficava numa pequena seção plana do telhado do seu quarto, conhece Jase. Um dos filhos mais velhos, Jase, sabe que a vizinha costuma observá-los e um dia ele vai ao seu encontro. Ela fica surpresa, mais desse contato acaba tendo outros e de uma maneira impensada eles acabam criando um vinculo de amizade.

“Os Garrett eram proibidos desde o início.”

Depois Samantha acaba conhecendo os outros membros e percebe como eles vivem de forma diferente que a sua, ou seja, ela não tem problemas com dinheiro já os Garrett sim, ela sempre estudou em escola particular já os seus vizinhos estudaram sempre em escola pública. A casa deles parece sempre estar uma bagunça enquanto a dela é milimetricamente organizada. Enfim, mesmo com uma série de diferenças eles acabam se aproximando e não se afastando. Assim, tempos depois, Samantha acaba se envolvendo com o Jase, mesmo a mãe dela proibindo, e quando tudo parecia estar em normalidade, algo acontece, e a protagonista vê o seu mundo dar um giro de 360° graus. E isso afetará não só a sua vida, assim como a da sua família e a dos seus vizinhos numerosos.

Com uma narrativa muito bem desenvolta, Huntley Fitzpatrick, criou uma história que apesar de parentar ser comum nos dá uma série de questionamentos bem louváveis. A começar pelo julgamento dos valores pessoais e a maneira como o poder exerce influências na vida das pessoas. Este último vemos exemplificado na mãe da protagonista, na trama ela é uma deputada que fará de tudo para se reeleger. É ela também que será a responsável pelo grande dilema da trama- e posso adiantar para vocês que é algo que vai ser bem difícil para a Samantha digerir.

Falando na protagonista, apesar de viver- inicialmente - sempre aceitando o que a sua mãe impõe, gostei bastante dela. Ainda mais quando ela começa a caminhar, mesmo que a passos lentos, com as suas próprias pernas. Já sobre o Jase eu tenho que confessar que considero o mesmo como o mais cativante da história, afinal, mesmo com a pouca idade ele demonstra ter uma grande sensibilidade, paciência e maturidade.  Juntos, a Sam e o Jase descobrem o amor e a maneira como a autora desenvolveu isso foi de uma sensibilidade extrema. Tudo aconteceu com a pessoa certa e na hora certa.

"E, por muito tempo, essa era a garota que eu era. Aquela que observava os Garrett. Minha vida morava ao lado".

Ahhhh cabe apontar, rapidamente, que uma coisa me incomodou. A autora não deu a devida atenção para o desfecho da história da melhor amiga da Sam. Nam fez algo errado durante a trama que ao meu ver, merecia ter uma punição- e que não teve. Sem falar que ela terminou “brigada” com a protagonista. Enfim, é algo que não muda a história, entretanto, foi algo que me deixou com a sensação de coisas por terminar...

Por fim, eu gostaria de falar bem mais sobre o livro, entretanto, sinto que o melhor é parar por aqui. Por hora só posso dizer que o mesmo foi uma boa leitura. A narrativa em primeira pessoa foi a escolha perfeita, a diagramação e revisão estão boas e o enredo, mesmo que não tenha a pretensão de ser imbatível, é bem gostoso de se acompanhar- principalmente quando se aproxima do desfecho e surge um acontecimento que muda a vida dos personagens principais. 

Eu acabei me surpreendendo e acho que com você não vai ser diferente- assim espero pelo menos. Leitura indicada.

“Mas agora não sou mais aquela observadora. O que Jase e eu temos é real e vivo. Não tem nada a ver com o jeito como as coisas parecem ao longe e tudo a ver como elas são de verdade.”



04 outubro 2016

Book Tag: Você prefere...

02:02 0 Comments

Vi essa TAG no blog Viagem Literária e gostei bastante. Ela consiste em informar o que a gente prefere entre duas opções. Simples não é? Então vamos nessa!

01. Trilogias ou livros únicos?
Depende muito, tem livros que merecem ser trilogias ou até mesmo séries. Tem outros que terminam simplesmente perfeitos em um único volume. O que não pode é o autor e/ou editora querer ganhar mais dinheiro e acabar com a história. Nestes casos sempre cito a série A seleção da Kiera Cass, que deveria ter terminado na trilogia.