N° de páginas: 130
Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal. Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em fevereiro, Mia vai passar o mês em Seattle com Alec Dubois, um excêntrico artista francês. No papel de musa, ela vai embarcar em uma jornada de descobertas sexuais e lições sobre o amor e a vida que permanecerão com ela para sempre.
Na procura por uma leitura rápida que me fizesse entrar no clima literário - que perdi durante este ano - decidi entrar no mundo de Audrey Carlan, mais precisamente no mundo da Mia Saunders, A Garota do Calendário. É provável que você já tenha visto ou lido algo dessa série que é composta por 12 livros e que a cada volume apresenta às descobertas da protagonista em um mundo como acompanhante de luxo.
Eu comecei lendo pela segunda edição, A Garota do Calendário: fevereiro, e apesar das histórias não precisarem ser lidas em ordem e das informações básicas do enredo serem retomadas, acho que o melhor é começar pelo primeiro livro pois fica mais fácil de compreender o que levou Mia a trabalhar como acompanhante, o que aconteceu com os pais dela e quais as responsabilidades que a levaram a ser quem é.
Desse modo, tenho que começar pontuando que a trama realmente é rápida e tem uma temática bem promissora, afinal, como será que a personagem vai conseguir manter seu corpo e coração protegido em um mundo de possibilidades, vaidades e riquezas?
Apesar disso, tenho que confessar que algumas coisas deixaram a desejar. Primeiro, mesmo sendo uma trama para o público adulto (+18) eu acho que a autora pecou no desenvolvimento dos diálogos, que foram praticamente nulos entre os protagonistas e que quando presentes eram envoltos de cenas sexuais que não trazia muita realidade aos personagens, algo que me desagradou em alguns momentos. E mesmo que o livro tenha uma determinada proposta, acredito que isto poderia ser melhor balanceado pela autora.
"Alec e eu apelamos o acordo de nos amar como amigos e tratar com respeito. [...] Nós continuaríamos nos preocupando um com o outro e teríamos um amor exclusivamente nosso. Poderíamos manter esse amor dentro de uma caixa em nossas lembranças e revisitá-lo se fosse preciso . Havia algo dolorosamente perfeito nisso". (p. 58)
Segundo, ao tempo que a protagonista se apresentava como uma mulher direta, objetiva e que seguia em frente com as suas escolhas, às vezes, ela tinha atitudes controversas. Um exemplo disso é quando ela foi tirar satisfação com o cliente do mês, o artista francês Alec Dubois, por ele ter pago o extra de 20% por ter transado com ela, fazendo dela uma "prostituta". Cara, vamos falar a verdade? Tudo bem que ela não precisava dormir com os caras se não quizesse mas de certo modo ela ainda assim estava alugando o corpo dela - seja para acompanhar um roteirista ou para ser a musa de um artista -, ainda sim estava se prostituindo, "alugando" o seu corpo por dinheiro. Coisa que para mim não tem problema, desde que ela não se incomodasse em ser uma "puta", como se a mudança de nomenclatura para "acompanhante de luxo" fosse mudar a realidade de que ela transou com os caras e foi paga também por isso. A hipocrisia me pegou aqui, entende?
Apesar disso, acho que um ponto favorável da trama foi apresentar o amor (ou o que pode se chegar a ser dentro do cenário apresentado) de uma maneira diferente, mostrando que ele pode acontecer de diversas formas e que não precisa necessariamente ser para vida toda, sabe? O personagem do Alec representou bem isso e sua excentricidade (como boa parte dos artistas são retratados nos livros) e sua honestidade deixou uma lição que a Mia deve levar adiante, o de amar a si mesma.
Série A Garota do calendário:
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