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07 fevereiro 2022

Carta ao leitor(a): Algo Maravilhoso - Judith McNaught

18:27 0 Comments


Querido (a) leitor (a), 

Estou eu aqui novamente pra te dizer o que achei de mais uma leitura, que por sinal, tive um contato inicial há sei lá... 10 anos. Isso mesmo, a primeira vez que li Algo Maravilhoso foi lá pra 2011/12 quando comecei a realmente me interessar por livros de época e me encontrei com os enredos da Judith McNaught. Mais os motivos de ter demorado tanto pra falar sobre ele? Nem sei direito mas acho que por ser uma história antiga e por de fato não ter tido contato com o formato físico dele - sendo que o livro foi lançado originalmente na década de 1980 - me fizeram demorar tanto pra falar sobre ele. Algo que compensei recentemente quando comprei a edição lançada pela Bertrand Brasil - que por falar nisso tem uma das capas mais lindas dos romances de época que vem sendo publicados nos últimos anos no país; depois eu mostro pra você a capa desse livro e dos outros que fazem parte da série Sequels, tenho certeza que você vai querer comprar nem que seja pra enfeitar a sua estante, estou certa? 

Mais falando sobre o enredo de Algo Maravilhoso tenho que adiantar uma coisa, apesar da Judith ter uma maneira de escrever que te prende naquele universo, ela também é até certo ponto bem fiel ao contexto histórico da narrativa, então, não pensem que a protagonista terá atitudes que pra muitos de nós, leitoras, poderíamos pensar: "- é a fod***, essa mulher que é decidida, a frente do seu tempo, sabe o que quer, uhhu girl power... Blábláblá... Atitudes essas que achamos interessantes e que até são boas para acompanhar (e que encontramos bastante nos romances de época que vem sendo escritos recentemente), estamos falando de um livro lançado em 1989 que segue o contexto da sociedade aristocrática inglesa do século XIX, então, veremos uma mocinha com atitude? Sim! Um mocinho conquistador? Também. Mais também veremos uma protagonista inocente até não poder mais e um galã com atitudes um pouco machista, ou seja, o que eu quero te dizer é que se prepare pois você pode não gostar de algumas atitudes (ou a falta delas). Pontuando isso, vamos ao que realmente interessa. 

Alexandra Lawrence, ou simplesmente Alex para os íntimos, desde muito cedo não teve uma vida muito fácil, só que as coisas pioram quando o pai dela acaba morrendo e todos descobrem que ele tinha outra família. Ela então acaba tendo que se virar para manter os custos de uma casa falida, uma mãe amargurada e empregados bondosos que já estão mais próximos da morte do que da vida, se é que me entende.. rs Brincadeiras a parte, a situação financeira da coitada é 'barril' demais, mas tudo muda quando em uma situação no mínimo curiosa, ela conhece Jordan Addison Matthew Townsende. Por essa ruma de nome você já deve ter imaginado que o homem não é pouca coisa né, pois num é mesmo, ele é o duque de Hawthorne.

Resumindo tudo, ela acaba salvando a vida dele e ele acaba se casando com ela. O problema é que Jordan teve algumas experiências na vida que o levaram a não ver às relações matrimoniais como algo romântico e apesar do que aconteceu na vida de Alex, ela não viveu o suficiente dentro da sociedade aristocrática para entender o quão duro ela pode ser. Tentando proteger a esposa desse mundo,  Jordan acaba não contando sobre seu passado, o que se torna um erro, ainda mais quando ele acaba sendo dado como "morto" e sua esposa fica exposta para um mundo que não hesita em lhe mostrar o outro lado da moeda e porque não... do seu marido. 

Uma das coisas que mais gosto nas tramas da Judith é o fato dela mostrar diferentes fases da vida dos personagens de modo que somos levados a conhecer os motivos que fizeram cada um seguir por determinado caminho e como esse todo acaba construindo os personagens, em Algo Maravilhoso isso é visto com muita facilidade. Além disso, o modo como a autora consegue transformar um enredo aparentemente simples em algo que realmente desperta emoções é realmente de se aplaudir, teve momentos que eu queria entrar no livro e dizer: "- Acordaaaa besta, aproveita mas desconfia que quando a esmola é muita o santo desconfia." "- Tu é idiota o tempo todo ou só quando tá acordado?" "Poxa vida, pra que tanto mal-entendidos? A boca não foi feita só pra devorar a boca de outro, também serve pra conversar cara***!". rsrs Revoltas a parte, querido (a), nos momentos em que o amor reinava era aquela melação que a gente até pode achar meio brega mais que no fundo a gente adoraaa! 😎 

Assim, entre momentos de tensão, reviravoltas, raiva e de muito romance vamos lendo as mais de 400 páginas dessa história que foi escrita há mais de 30 anos e que ainda assim encanta novas gerações. Se você me perguntar se é o melhor livro de época da autora? Eu teria que responder que não pois existe 'Whitney, meu amor' no caminho e que é um dos meus xodós. Mais se recomendo a leitura? Claro que sim. Especialmente se você costuma ler romances desse gênero e procura por Algo Maravilhoso para se encantar.


P.S. Olha como as capas dessa série são bonitas, não te disse?! 



Espero que goste da leitura, 


Nah 

19 abril 2016

O Vento me disse...#42- A Testemunha - Nora Roberts

00:07 18 Comments

A Testemunha
Autora: Nora Roberts
N° de páginas: 476
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2015
Skoob: aqui

Fruto de uma inseminação artificial e criada por uma mãe fria e controladora, Elizabeth Fitch se deixa levar por uma noite. Depois de beber além da conta, ela se encanta por um homem galante e dono de um sedutor sotaque russo. Acompanhando a amiga Julie, segue rumo a uma linda mansão em Lake Shore Drive, ainda sem saber que o lugar alteraria para sempre sua vida. Doze anos mais tarde, no interior do Arkansas, uma nova moradora anda despertando a curiosidade da vizinhança. Abigail Lowery não é propriamente uma recém-chegada, mas continua sendo uma desconhecida: em um ano, sabe-se pouco, ou quase nada, sobre a moça. O mistério de Abigail Lowery e sua mente afiada, natureza secreta e filosofia de vida nada romântica intriga o chefe de polícia local, Brooks Gleason, tanto a nível pessoal quanto profissional. Mas enquanto suspeita que Abigail precisa de proteção contra algo, Gleason, acostumado a criminosos de segunda categoria, não faz ideia de que homens poderosos e perigosos o observam e mantêm sob sua mira. E Abigail Lowery, que construiu uma vida baseada em segurança e autocontrole, corre o risco de perder ambos.

Nora Roberts é uma escritora estupidamente talentosa, criativa e super ativa. Ela é uma das poucas autoras que me agrada por saber aliar romance - com uma pegada mais sensual - e suspense, sempre de uma maneira ímpar.  Em A testemunha, livro lançado em 2015 pela Editora Bertrand Brasil, ela usou desses elementos e conseguiu criar uma boa história, que só me incomodou em um ponto, o excesso de pragmatismo da protagonista.


O excesso de pragmatismo da heroína da história que toma o valor prático como critério da verdade foi algo que me incomodou, no entanto, veja bem, até certo ponto é justificado. Elizabeth Fitch nunca viveu em volta das emoções. Fruto de uma inseminação artificial, de uma inteligencia admirável e com uma mãe cujo único objetivo era ver a filha uma médica e que controlava desde o que ela podia vestir ao que ela comia, não era de se estranhar que isso afetaria o modo comportamental dela. Em um único momento de rebelião, Elizabeth se viu, aos dezesseis anos, em uma situação que a obrigou a viver de uma maneira totalmente diferente e a transformou em Abigail Lowery.

"- Você está se escondendo de alguma coisa. De alguém. Talvez dos dois. E é inteligente demais para fugir e manter o seu verdadeiro nome. Eu gosto de Abigail. mas desde o início sei que ela não é você. E um nome não é o que importa aqui. O que importa é que você confie em mim o bastante para contar tudo. E parece que estamos chegando lá".

Doze anos se passam desde o início do enredo, Abigail é a mais nova moradora de uma pequena cidade no interior do Arkansas. Sempre discreta, acaba chamando atenção dos moradores e entre eles se encontra o chefe de polícia local, Brooks Gleason. O mesmo vai percebendo que talvez a moradora precise de ajuda e depois de uma aproximação bem relutante da parte da Abigail, eles acabam se envolvendo.

Uma das coisas que mais gostei nesse enredo foi ver como o Brooks ia descascando as camadas da Abigail/Elizabeth e como ela ia deixando cair as paredes que criou para se proteger, isso foi fundamental para o desenvolvimento do relacionamento dos dois. Neste ponto, todos os créditos vão para autora que também não se preocupou em colocar vilões tentando separar os dois e não encheu a trama de mal-entendidos e desencontros. 

Falando no Brooks, devo dizer que ele é simplesmente apaixonante. Ele une esse critério da verdade e honestidade que tanto está presente na Abigail e também possui um lado passional, ou melhor, emocional que simplesmente encanta o leitor.   

Perto do fim, a Nora insere bem mais elementos policiais à trama e novos e velhos personagens dão um outro ritmo a trama- sem deixar o romance de lado. Acredito que para os amantes da autora o livro preencheu todas ás expectativas. Para mim, mesmo não sendo uma admiradora ferrenha, também gostei bastante. O livro só não leva nota máxima pelo motivo que citei no primeiro parágrafo e o fato de que de alguma maneira (que ainda não consegui identificar) senti que faltou "algo" na história, algo que me arrebatasse de vez.

Enfim, deixo a minha dica para aqueles que querem começar a ler alguma obra que envolva romance e suspense policial da lista imensa de publicações da Nora Roberts. E espero que aproveitem e curtam ás mais de 400 páginas. 

"Ela não mergulhou lentamente, apenas se jogou. Estava faminta por aquela ideia, por aquele presente, por aquela luz. O amor. Ser amada, dar amor. Nunca acreditara no amor. Nunca acreditara em milagres. Mas o amor existia. E ali estava o milagre concedido a ela".