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24 janeiro 2020

O Vento me disse... #87 - Amor para um escocês - Sarah MacLean

19:43 16 Comments

Amor para um escocês 
Autora: Sarah MacLean
N° de páginas: 330
Editora: Gutenberg
Série: Escândalos e canalhas
Ano: 2017
Skoob: Aqui
Compre: Aqui

Lillian Hargrove viveu sozinha por anos, reclusa, ansiando por amor e companhia. Desiludida de que todos os seus sonhos pudessem um dia se tornar realidade, a mais bela jovem da Inglaterra se envolve com um artista libertino e mentiroso, que promete amá-la para sempre e implora para que ela pose como sua musa para um escandaloso retrato.
Encantada pelo carinho e pela admiração que recebe dele, Lily aceita a proposta e se entrega de corpo e alma ao homem mais falso de Londres, mas fica exposta para toda a Sociedade, tornando-se motivo de piada e vergonha.
A jovem, entretanto, não esperava que um bruto escocês, recentemente intitulado Duque de Warnick e nomeado seu guardião, atravessasse a fronteira da Inglaterra para impedir que a ruína a alcançasse.
Warnick chega em Londres com um único objetivo: casar sua protegida – que é bonita demais –, transferindo o problema para outra pessoa, e, em seguida, voltar à sua vida tranquila na Escócia, longe daquele lugar odioso que é Londres.
O plano parece perfeito, até Lily declarar que só se casaria por amor, e o duque escocês perceber que, aparentemente, há algo naquele país que ele realmente gosta…


   Amor para um escocês da autora Sarah MacLean, publicado no Brasil pela Editora Gutenberg, nos conta a história de Lilian Hargrove e Alec Stuart. Este último é um escocês bastante orgulhoso que se vê em uma encruzilhada quando descobre que após várias fatalidades ele é o único herdeiro de um ducado na Inglaterra. Acontece que por algumas coisas que aconteceram no passado ele sempre odiou a Inglaterra e reluta, desde o início, em pisar nesse lugar. É claro que com o tempo ele acaba precisando ir a este país, ainda mais depois de descobrir  que ao se tornar o Duque de Warnick ele também ganhou uma pupila, pupila essa que acaba precisando de sua ajuda para evitar que um grande escândalo aconteça. 

   Lilian era considerada por muitos como a mulher mais bonita da cidade, órfã de pais ela sempre ansiou pelo afeto e o amor que só uma família poderia dar, nessa busca de carinho e de ser amada ela acaba caindo nas garras de um amante pintor, que além de levar a sua virgindade a retratou - nua - em um quadro no qual por vaidade ameaça divulgar para toda sociedade londrina na Exposição Real de Arte.  Desolada por ver o seu amor convertido em vergonha, Lilian é "obrigada" a ver seu tutor gigante escocês invadir a sua vida como se fosse o único que pudesse salvar a sua reputação (o que não deixa de ser verdade, por mais que ela negue). 

   Nesse contexto veremos então, o desenvolvimento do relacionamento dos protagonistas. A Lillian tentando ter sua independência e o Alec tentando fazê-la casar antes do escândalo estourar (o que me irritava, às vezes, confesso). O que os dois não imaginavam é que nesse meio tempo o amor os atingiria de uma maneira inesperada.

   Amor para um escocês é o segundo livro da série Escândalos e Canalhas da autora Sarah Maclean, eu já esperava uma ótima leitura e devo dizer que ela não me decepcionou. A história criada pela autora foi uma leitura prazerosa, rápida e apaixonante que só a autora poderia fazer. Com personagens que nos encantam, eu mesma logo me apaixonei pelo modo meio "bruto" do Alec e saber sobre o seu passado, o que o levou a ser o que é, foi algo que gostei e que achei bem pensado pela autora - já que permitiu que eu fizesse uma comparação entre gêneros. Ainda sobre os personagens, eu também amei conhecer a Lily, todos os erros que ela cometeu e seus anseios foram coerentes e acho que é meio impossível não torcer para que ela conseguisse o que sempre desejou. Percebi que ao tempo em que ela demonstrava ter uma doçura ao desejar ter um amor e uma família, ela também lutava para ter sua liberdade, demostrando de fato que é uma mulher de personalidade.

   Apesar de ser um romance de época, podemos associar a situação vivida pela protagonista com fatos atuais. Afinal, ter uma foto ou vídeo íntimo vazado na internet é algo que sempre vemos acontecer e que não é uma coisa boa, assim como também não era para Lily com o seu quadro, em uma sociedade da primeira metade do século XIX. Desse modo, devo dizer que amei mais ainda à força dessa personagem, que não deixou ser resumida a isso e tenho mais respeito por quem passa por essa situação atualmente e consegue se sobressair.

   Além de fazer pequenas criticas sobre as posições sociais entre homens e mulheres, e de mostrar o quanto existe um peso e duas medidas na hora de julgar as mulheres, a autora não deixa de trazer sensualidade e romance, algo que é bem característico do gênero e que quem conhece a escrita da autora sabe que é um "forte" da Sarah. Tudo isso, aliado a uma narrativa fluida e uma edição  física caprichosa fazem de Amor para escocês um ótimo livro.

"Mas Beleza Concedida era diferente de outros retratos. Não era a pintura de uma musa sem nome, era o retrato de Lillian Stuart, nascida Hargrove, vigésima-primeira Duquesa de Warnick, o escândalo de 1834."

   Amor para um escocês é um livro que consegue unir crítica e romance, sem deixar que o enredo se desgaste ou perca o brilho das boas histórias de amor. Acredito que seja um livro que realmente agrade aos mais exigentes leitores de romances. Por isso recomendo a leitura do mesmo e de qualquer coisa já escrita pela Sarah MacLean.


Confira a resenha de Cilada para um marquês


Livros da série:


31 março 2017

O Vento me disse...#61 - Cilada para um marquês - Sarah MacLean

00:00 4 Comments

Cilada para um marquês
Autora: Sarah MacLean
N° de páginas: 320
Editora: Gutenberg
Ano: 2016
Série: Escândalos e Canalhas
Skoob: Aqui

Sophie Talbot é conhecida pela Sociedade como uma das Irmãs Perigosas – mulheres Talbot que fazem de tudo para se arranjar com algum aristocrata. O apelido chega a ser engraçado, pois se existe algo que Sophie abomina é a aristocracia. Mas parece que mesmo não sendo uma irmã tão perigosa assim, o perigo a persegue por todos os lugares. Quando a mais “desinteressante” das irmãs Talbot se torna o centro de um escândalo, ela decide que chegou a hora de partir de Londres e voltar para o interior, onde vivia antes de seu pai conquistar um título. Em Mossband, ela pretende abrir sua própria livraria e encontrar Robbie, um jovem que não vê há mais de uma década, mas que jura estar esperando por ela. No entanto, ao fugir de Londres, seu destino cruza com o de Rei, o Marquês de Eversley e futuro Duque de Lyne, um homem com a fama de dissolver noivados e arruinar as damas da Sociedade. Rei está a caminho de Cumbria para visitar o odioso pai à beira da morte e tomar posse de seu ducado. Tudo o que ele menos precisava era de uma Irmã Perigosa em seu encalço. O Marquês de Eversley está convicto de que Lady Sophie Talbot invadiu sua carruagem para forçá-lo a se casar com ela e conquistar um título de futura duquesa. Já Sophie tenta provar que não se casaria com ele nem que fosse o último homem da cristandade. Mas e quando o perigo tem olhos verdes, cabelos claros e a língua afiada? Essa viagem será mais longa do que eles imaginavam…

Quem me conhece um pouco e acompanha o blog sabe a minha paixão pelos romances de época. Acredito que sabendo disso devem saber também que duas autoras são especiais para mim, Jane Austen e Julia Quinn. Por isso, devo começar apontando que Sarah MacLean definitivamente entrou para o meu top e se tornou especial para mim, ainda mais depois que li Cilada para um marquês - edição lançada pela Editora Gutenberg em 2016. Ela já tinha me encantado em Nove regras a ignorar antes de se apaixonar e Nunca julgue uma dama pela aparência, agora, só foi a confirmação. Para mim ela é uma das melhores autoras atuais de romance de época.

A principal causa que me fez amar às histórias da Sarah é a maneira como ela as desenvolve; sempre recheadas de romance, pitadas de humor ácido, doses picantes em algumas cenas e personagens femininos sempre à frente do seu tempo. Neste volume ela trás novamente todos esses elementos e escreve - mais uma vez - uma ótima história para os amantes de livros românticos de época.

"Depois que Jack Talbot se tornou Conde de Wight e toda Londres direcionou sua atenção e seu desdém para aquela família rude, sem refinamento, sem sofisticação aristocrática, os escândalos grudavam nos Talbot e assim permaneciam. Que a fortuna recém-formada do conde viesse do carvão, facilitava as piadas — as irmãs eram chamadas de “As Cinderelas Borralheiras“, e Sophie imaginava que os outros deviam considerar o som daquilo muito espirituoso, visto que os nomes delas eram, pela ordem, Seraphina, Sesily, Seleste, Seline e Sophie."

A trama gira em torno de Sophie, a filha mais nova entre as cinco irmãs Talbot (apelidadas de irmãs perigosas), que sempre estão envoltas em escândalos por possuírem personalidades, no minimo, extravagantes em relação aos membros da sociedade londrina do século XIX. Aliado a isso, é notório para todos que a sociedade só "aceita" a família Talbot por causa do pai das meninas que conseguiu um titulo de nobreza nas cartas e por sua grande riqueza adquirida das minas do carvão. Sophie, é considerada a mais "sem graça" de todas elas pois não possui a beleza das irmãs e não é tão talentosa e extravagante, apesar disso, ela apresenta uma força de espirito que simplesmente encanta e que a faz negar e odiar tudo aquilo que sua mãe e irmãs tanto adoram.  

Cansada de viver em um mundo de aparências e que nunca irá aceitá-la, a mesma decide voltar ao seu antigo lar, aquele em que foi "obrigada" a deixar e que apesar de simples era cheio de felicidade. O problema era que ela não avisou a ninguém e em sua fuga acabou encontrando e dependendo do arrogante - terrivelmente libertino e canalha - Rei, Marquês de Eversley e futuro duque de Lyne.

"Só que ela não o traiu. Ela teria feito qualquer coisa para ficar com ele ali, no centro daquele labirinto impossível. Para sempre."

Uma das coisas que mais me diverte neste enredo são as discussões entre a Sophie e o Rei, que são personagens com personalidades bem opostas, e que de sua maneira se completam. Definitivamente, o envolvimento dos dois é o ponto chave da trama (com direito a cenas bem, mais bem sensuais). Falando nos protagonistas tenho que destacar a Sophia, amei conhecê-la: seus desejos pela liberdade, pela vida mais simples e verdadeira, pelo seus sonhos (ter uma livraria para ser mais especifica) e seus medos e inseguranças. Enfim, fazia muito tempo que não me encantava e se identificava dessa forma com uma personagem feminina em um livro.

As criticas feitas aos costumes e a aristocracia da época também foram muito bem usadas pela autora, muitas delas aliás, foram empregadas com humor e me fizeram colocar um sorriso "besta" no rosto. Sobre o lado negativo, acredito que o único problema da trama, que é narrada em terceira pessoa, seja o seu final previsível, seguindo os clichês comuns já esperados em tramas do tipo e que corroborou para um final um pouco "apressado". Claro que isso não foi um grande problema para mim e tão pouco apaga a qualidade da história, mas, acho que isso pode ser um problema para algumas pessoas.

Sobre a edição física ela é simples e bem caprichada. A mesma teve sua diagramação inspirada em jornais da época e não lembro de ver erros graves de tradução e edição. Por hora, deixo os meus parabéns a editora pela capa, uma das mais bonitas que já vi entre os romances de época já lançados no Brasil.

Por fim, foi um prazer acompanhar essa história que é a primeiro volume da Série Escândalos e Canalhas. E não vejo a hora de ler o restante dos livros da Sarah, ela realmente sabe envolver o leitor e por isso não poderia deixar de indicar a leitura para aqueles que amam romances do gênero ou que queiram começar nesta aventura e não sabe por onde.

Lembre-se: não quero te encher de expectativas pois quando acontece isso, o livro na maioria das vezes perde o encanto. Mais fica aqui, minha recomendação de uma aventura romântica e divertida de se acompanhar.

"Quando os jornais de fofocas noticiassem os eventos daquela tarde, não seria a marquesa vendada a dominar as manchetes. Na verdade, seria o marquês profundamente apaixonado que, em um surto de adoração desenfreada, deixou o decoro de lado e beijou a esposa em plena luz do dia, na entrada de uma nova livraria em plena St. James."

Série Escândalos e Canalhas/II e III ainda não foram lançados no Brasil

10 julho 2016

O Vento me disse...#48 - Nunca julgue uma dama pela aparência - Sarah MacLean

22:20 17 Comments

Nunca julgue uma dama pela aparência
Autora: Sarah MacLean
N° de páginas: 320
Editora: Gutenberg
Ano: 2016
Série: O clube dos canalhas #4
Skoob: aqui

Duncan West, assim como todos os homens, enxerga apenas o que quer.Mas ele estava prestes a ver o que não queria. Para a aristocracia, Lady Georgiana é a pobre irmã de um duque, rejeitada pela família após ter sido arruinada no pior tipo de escândalo possível: uma mulher que fez escolhas infelizes ao entregar-se de corpo e alma para um rapaz que todos desconhecem. Mas a verdade é sempre muito mais chocante! Nos recônditos mais obscuros de Londres, Lady Georgiana é a mulher mais poderosa da Grã-Bretanha, a rainha do submundo londrino, e atende pelo nome de Chase, o lendário e temido fundador do cassino mais exclusivo da cidade, o Anjo Caído. Circulando disfarçada pelos corredores de seu império, Chase sabe dos piores segredos dos figurões da sociedade e tem todos os poderosos na palma de sua mão, mas durante anos os seus próprios mistérios nunca foram descobertos Até agora! Brilhante, inteligente e bonito como o pecado, o jornalista Duncan West está intrigado com a linda mulher que de alguma forma está ligada a um mundo de trevas e perdição. Ele sabe que Georgiana é muito mais do que parece e promete desvendar todos os seus segredos, expondo seu passado, ameaçando seu presente e arriscando tudo o que ela tem de mais precioso. Inclusive seu coração.

Existem alguns livros de época que são escritos de forma tão arrebatadora que suas histórias se tornam simplesmente inesquecíveis. Mais uma vez a Sarah MacLean soube imprimir características suas que fizeram com que Nunca Julgue Uma Dama Pela Aparência fosse mais do que uma história tipicamente comum em livros do gênero, ela fez com que o romance se tornasse um pilar para que os protagonistas pudessem renascer de uma sociedade onde reinava a hipocrisia e as aparências. Definitivamente a autora se tornou uma das minhas favoritas do gênero e por isso incentivo a leitura deste último volume da série "O Clube dos Canalhas", que foi lançado no país pela Editora Gutenberg.

Neste volume vamos conhecer quem realmente é o Chase, grande fundador do cassino Anjo Caído, lugar que guarda grandes segredos dos membros da aristocracia inglesa do século XIX e que é administrado, além do Chase, pelos seus amigos sócios: Cross, Temple e Bourne. O fundador do cassino nunca teve sua identidade revelada nos livros anteriores e por isso tenho certeza que vai ser uma surpresa para quem acompanha a série. Eu gostaria de falar muito mais sobre essa trama e os desdobramentos dela, mais acontece que se assim o fizer, estarei dando um baita de um spoiler. Pensei muito em como faria essa resenha sem revelar muitas coisas, por hora adianto, NÃO comentam o erro que cometi, comecei a série pelo último livro. Isso foi uma PÉSSIMA decisão. Não que a descoberta tenha prejudicado o que penso na trama, pelo contrário, me fez gostar mais ainda, no entanto, é fato que por não ler os livros anteriores não tive aquela sensação de surpresa por saber quem é quem de fato na história, entende? Por isso, darei minhas impressões gerais da trama sem me adentrar muito nela. Espero que entendam e se querem outro conselho, também não leiam a sinopse.

Uma das coisas que gostei na trama é o modo como a autora consegue desenvolver seus personagens e como ela consegue fazer com que passado e presente da vida desses façam deles muito mais transparentes para os leitores. Sabe, consegui me conectar e amei principalmente a protagonista. Quem conhece livros do gênero sabe que temos predisposições a gostarmos mais dos protagonistas masculinos- pelo menos comigo é assim-, no entanto, apesar de gostar muito do Duncan West foi a Lady Georgiana que roubou a cena. Ela não teve uma vida fácil, afastada da sociedade por um erro que cometeu no passado ela vive com os constantes olhares e reprovações da sociedade. Mesmo assim, ela se vê na necessidade de voltar para o centro das atenções e para que isso ocorra da maneira mais fácil possível ela contará com com a ajuda do jornalista Duncan.

O envolvimento da Georgiana e o Duncan é outro fator mais que positivo na trama, com um toque super sensual a autora faz de Nunca julgue uma dama pela aparência um romance envolvente, atraente e cativante, que ganha tons ainda mais dramáticos pelo fato dos personagens terem grandes segredos. Sem falar que os diálogos entre eles fluem de uma maneira maravilhosa. Além disso, a autora consegue imprimir uma crítica a sociedade tão verdadeira, inteligente e coesa que torna o livro ainda mais especial.

Por fim, eu só posso recomendar a leitura do livro. Se você não costuma ler livros do gênero pode começar por esse, ou melhor, por essa série. Afinal, posso não ter lido os outros livros- algo que pretendo remediar o mais breve possível- mais tirando como base o livro em questão e o livro Nove regras a ignorar antes de se apaixonar (livro da mesma autora que já foi resenhado aqui no blog) posso afirmar que você também irá se apaixonar pela escrita da autora.

"Eu falava do seu futuro a longo prazo. -Eu já escolhi o meu futuro a longo prazo. E agora estou escolhendo meu futuro imediato, ela disse, aproximando-se, reduzindo um metro para um passo. Ela baixou a voz para um suspiro. - Eu escolho você."