O quote da semana é de um livro que li recentemente e faz parte da série Academia de Vampiros. Confesso que não sou muito de ler livros sobrenaturais, é tanto que poucos são os que já foram resenhados por aqui, mais como assisti o filme... fiquei interessada pela trama. E olha, já estou terminando a leitura do livro 5, espero que consiga falar mais sobre eles em breve.
Autora: Janet Dailey
N° de páginas: 374
Editora: Record
Ano: 1983
Série: Família Calder
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Uma história romântica, de uma paixão incontrolável e ardente, tendo como pano de fundo as planícies do Oeste americano, com seus velhos e rígidos códigos de honra e seus homens violentos.Os Calder dominavam um verdadeiro império em terras que se estendiam por grande parte do Estado de Montana. Todo esse poder desperta inveja e cobiça nos outros criadores de gado da região.A sedução de uma menina de quinze anos por um membro da família Calder desencadeia uma envolvente trama onde se entrelaçam o ódio, a vingança e o ultraje. Mas acima de todos esses sentimentos, surge o amor como uma chama de vida, renovadora, a impulsionar dois seres apaixonados no seu esforço de enfrentar, numa luta dramática, dois terríveis inimigos.
O Dia
mundial do livro passou e com ele decidi ler um pouco. Aproveitei o momento
para reler um livro que li na minha adolescência e que me marcou bastante, Os Donos da Terra da autora americana Janet Dailey (uma das minhas autoras
favoritas) para ser mais exata. O livro foi lançado há três décadas por isso
não estranhem se sua mãe ou tia também já leu, sobre a edição em si não tem
muito o que falar, afinal, estou falando de uma edição publicada em 1983 pela Editora Record, então, nada sobre qualidade
da tradução, diagramação, etc.
Os Donos da terra é o primeiro livro de uma série chamada 'A família Calder' que contém 11 volumes, sendo que no Brasil apenas 4 foram publicados. O livro narra à história da família Calder que durante anos vem lutando para manter as terras que conquistaram, tornando as mesmas em um verdadeiro império em pleno oeste dos Estados Unidos. É neste cenário que conhecemos Chase Calder e Maggie O'Rourke, os protagonistas da trama.
Chase é o único herdeiro da fazenda Triplo C, a maior fazenda da região e Maggie é a filha mais nova do pequeno fazendeiro Angus, que por fraqueza e inveja nutre um ódio imenso pelos membros da família Calder, especialmente ao patriarca Webb Calder. Maggie, aos 15 anos, ajuda o pai e o irmão Culley nos cuidados da fazenda e no trabalho doméstico já que é órfã de mãe. Por viver uma vida simples e de privações a garota sonha com o dia em que deixará à miséria e de fato será uma dama. Enquanto isso, Chase vive o oposto. O mesmo mora na fazenda mais respeitada da região ao lado de seu pai Webb, com uma empregada que era uma especie de 'madrinha' e seu filho, Buck Haskell, que foi o mais próximo que ele já teve de ter um irmão.
Apesar de ter apenas 22 anos, Chase cresceu sabendo da responsabilidade que seria administrar o império formado pelo seu pai e quando se envolve com Maggie sabe que não iria muito além. O fato é que apesar do envolvimento deles ser algo inesperado para ambos e de ter durado pouco, foi algo que marcou a vida deles para sempre, mesmo ficando longe um do outro por mais de uma década.
Depois de 15 anos, Maggie se vê 'obrigada' à voltar a cidade que não pensava mais pisar e sua volta trás questões do passado como o assassinato do seu pai, o ódio que continua a consumir o seu irmão, a atração sexual que continua viva entre ela e Chase e o principal, o filho que era só 'seu' agora conhece o seu verdadeiro pai.
" -Não podemos voltar, Chase. Não podemos encontrar o que perdemos. - murmurou.
- Não quero o que tivemos no passado... Quero Construir sobre o que temos hoje, para que haja um amanhã." (p:317)
Gosto dos enredos criados pela Janet pois são simples ao tempo que possuem uma intensidade que me agrada - especialmente os livros de livraria (muitas de suas obras são distribuídas no Brasil como romances de banca). Ela consegue escrever um enredo profundo e sentimental mesmo alimentando os clichês já tão batidos no gênero literário.
Em Os Donos da Terra, a autora abusa da descrição para narrar uma história envolvente que prende o leitor até as últimas páginas. O romance desenvolvido possui elementos interessantes como o ódio entre famílias, uma separação inicial causada por um motivo forte e não por uma terceira pessoa (mulher/homem) como geralmente acontece, sem falar no toque sensual e até certo ponto, cru, que ela dá ao envolvimento do casal protagonista. Cabe destacar que as cenas entre eles são definitivamente a "cereja do bolo".
A única coisa que pode ser que desagrade ao leitor que queira arriscar na leitura é o final. Como de costume (quem já leu A Carícia do vento e Amante Indócil sabe o que estou falando), a autora corre demais com as situações finais e fica aquele gostinho de "como assim, já acabou?", acredito que se tivesse um epílogo essa sensação teria menos peso depois das derradeiras últimas linhas.
Confesso que essa "correria" da autora é algo que gosto e desgosto, é como uma "marca" da autora, sabe? Ela deixa para que o público imagine o que de fato deve ou não ter acontecido a partir do fim. Como não posso fazer nada em relação a isso, só posso me aficionar cada vez mais em suas histórias. Por fim, Os Donos da terra é recomendado a você que gosta de um romance simples, intenso, envolvente, com toques clichês e bem sensuais. Não desista no primeiro capítulo!
"Um céu de promessa, Um céu tao imponente, Este céu que leva a marca dos calders". (p.366)